Meus pais não eram fãs do ABBA. Meu pai nem fã de música é direito, não lembro de ele ter parado para ouvir algo nenhuma vez em meus trinta e dois anos de vida. Minha mãe sim. Tinha aqueles LPs dos Beatles, da Clara Nunes, da Maysa, do Roberto Carlos. Internacional só os Beatles. Só.
Eu era adolescente quando descobri o ABBA. Me apaixonei pelas músicas daquele grupo que havia acabado quando eu tinha meus seis anos de idade. Motivo? Provavelmente as letras das músicas – Eu sou uma pessoa de letra, meu marido de melodia, já falei isso por aqui – sempre otimistas e sinceras.
A primeira música que decorei foi I Have a Dream:
I have a dream, a song to sing
Eu tenho um sonho, uma canção para cantar
To help me cope, with anything
Que me ajuda a enfrentar qualquer coisa
If you see the wonder of a fairy tale
Se você vê maravilhas em um conto de fadas
You can take the future even if you fail
Você pode agarrar o futuro, mesmo se você falhar
I believe in angels
Eu acredito em anjos
Something good in everything I see
Eu acredito em anjos
Esse otimismo deles sempre teve tudo a ver com o meu otimismo Pollyanna de ver algo positivo, de acreditar no futuro, de acreditar que dará certo, de acreditar que pode ser bom, pode ser válido, pode dar certo. Mesmo nas mais tristes músicas do grupo esse otimismo está lá. Mesmo em The Winner Takes It All você consegue enxergar isso, porque ela e uma música de seguir em frente, de lidar com algo.
Na quinta passada a Fal escreveu sobre o filme Mamma Mia, musical baseado em uma peça de teatro em cartaz desde 1999, só com músicas do ABBA. Fal falava sobre como Meryl Streep fica linda cantando justamente esta música para Pierce Brosnan (realmente o 007 mais bonitos depois do Sean Connery). No sábado não resisti e fui eu a comprar o filme no pay per view. Comecie a assistir ao filme as oito da noite e o assisti duas vezes naquela noite. Na manhã seguinte ele continuava liberado e assisti mais duas vezes, acompanhada da Carol.
Na tarde de domingo já estava baixando o filme em AVI (primeiro fui ver o preço do DVD, mas não criei coragemd e pagar os quase cinquenta reais) e a trilha sonora. Desde então assisti ao filme pelo menos mais duas vezes e a Carol pelo menos mais quatro, sim, nada mais de High School Musical, agora ela quer Mamma Mia (risos). E no trabalho passo o dia ouvindo as músicas do ABBA em constante repetição no mp3 e no computador.
O filme absorveu muito bem todo aquele lado otimista que eu falei antes. Ele é um filme lindo, que te faz rir, te faz chorar, te faz cantar, te envolve. E ele tem um final tão lindo, porque ninguém fica triste, ninguém fica magoado e a vida poderia ser sempre assim.
O elenco é sensacional: Meryl Streep e suas melhores amigas Christine Baranski (uma de minhas atrizes favoritas) e Julie Walters. Do lado masculino Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgård. O cenário uma ilha grega. Não tinha como dar errado. E todas as músicas são cantadas pelo elenco, sem disfarce. Meryl Streep é uma revelação para mim e também para um dos fundadores do ABBA, Benny Andersson, que passou a chamar a atriz de Milagre, porque ela conseguiu pegar o tom de The Winner Takes It All em apenas uma tentativa. Quem canta pior, e ainda assim não é nada ruim, é Pierce Brosnan, mas como ele é lindo e charmoso eu nem ligo para os momentos em que rola um desafino.
Benny ainda aproveitou para fazer uma ponta no filme e é o pianista que aparece quando as “garotas” cantam Dancing Queen enquanto correm pela ilha. O outro membro do grupo, Björn Ulvaeus, aparece vestido de deus grego na montagem do final do filme.
A história do filme? Donna (Streep) tem uma filha de 20 anos que irá se casar, Sophie. Ela não faz idéia de quem seja o pai da menina, mas Sophie encontra o diário da mãe e convida os três possíveis candidatos para o casamento. A partir daí você só se diverte, com muita cantoria.
E é nitído que os atores se divertiram mais que nós. Você pega várias improvisações ou risos fora de hora. A vontade é de entrar no filme para estar com eles.
Eu confesso que fiquei melancólica também, num misto de alegria, enternecimento e tristeza. Algumas muitas vezes eu penso que gostaria de ter feito diferentes decisões em minha vida, mas penso que a Carol é resultado delas e que isso eu não troco por nada. Mas, ao ver a personagem de Donna, ali, naquela ilha linda, com sua pequena pousada caindo aos pedaços eu penso mais uma vez nessas decisões que não tomei, nas escolhas que não fiz. Talvez daí a vontade de chorar.
Outras coisas legais para você saber sobre o filme:
– Pierce Brosnan aceitou o projeto sem ter idéia sobre o que estava aceitando. Ele aceitou só por saber que Meryl Streep ia estrelá-lo e por ele se passar na Grécia, mais de uma vez ele disse que assinaria qualquer coisa que envolvesse a atriz.
– Mamma Mia é o filme de maior bilheteria na Inglaterra, batendo Titanic. Também é o DVD mais vendido.
– A Universal Studios Pretende fazer o “Mamma Mia! 2”, tamanho o sucesso do filme no mundo inteiro. Meryl Streep aceita fazer a sequência do filme contanto que os seus colegas de elenco participem também.
– No Oscar de 2009 Dominic Cooper e Amanda Seyfried cantaram o refrão da música Mamma Mia juntamente com Zac Efron e Vanessa Hudgens no quadro que se chamava “Os Musicais Estão de Volta”.
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Ainda não assisti Mamma Mia, mas está na minha lista dos que preciso assistir.
Adoro ABBA. Final do ano passado mesmo minha amiga gravou umas músicas deles para mim. Cresci ouvindo, sinto falta até hoje. Nas férias ouvi o ABBA Teens (que são umas gracinhas de adolescentes, diga-se de passagem) e fiquei aqui pensando que foi uma pena o ABBA ter acabado.
Quanto ao 007 mais bonito…não gosto do Pierce Brosnan, nunca gostei. O Sean Connery acho mais charmoso hoje do que quando era mais novo…agora, bonito, nunca achei.
O que eu mais gosto é o Daniel Craig mesmo. Mas a bem da verdade é que os Bonds não são bonitos, eles são apenas charmosos.
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Eu amo o abba. Passei minha adolescencia (nasci em 1967) regada a musicas do abba. E como minha adolescencia foi boa.
Minha filha também assistiu o filme comigo e amou também. Ela tem 12 anos. vou comprar o DVD. É caro , mas sou sentimental demais. Quero o original. Eu amo o ABBA.
Assito e leio e escuto sempre.
E nem sou fã de música. O negócio é que o ABBA para mim foi marcante demais.
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Esse filme é um porre de cerveja quente. A mocinha que faz a filha tem cara de boba. A Meryl Streep é muito feia para o papel. Eu preferia a Michele Pfeifer!