O segundo capítulo da minissérie foi mais linear, preenchendo alguns vazios deixados no primeiro, como comentei ontem. Torço para que os muitos telespectadores do primeiro capítulo tenham dado uma segunda chance, porque a minissérie parece ser encontrado seu rumo.
Dessa vez são as lembranças de André que nos conduzem pela história de Maysa, quando, ao assistir a ex-esposa na televisão, ele e sua mãe Amália discutem sobre a cantora, sua personalidade e o final do casamento. André anda por sua casa e lembra do início do casamento.
É fácil perceber que, mesmo que Maysa seguisse não seguisse a carreira de cantora, o casamento não duraria muito mais. A personalidade de Maysa, mais as diferenças entre sua família e a família de André, não resistiriam ao tradicionalismo de André. Em muitos momentos ele fala de sua família, mas é ele que não aceita a modernidade da “esposa”.
Vemos o momento em que Roberto Corte-Real convida Maysa para gravar seu primeiro LP, pouco tempo depois de seu casamento, quando estava grávida de Jayme, a briga dela com André por causa disso e o momento em que ela finalmente admite que quer seguir a carreira de cantora profissional. Fica claro a contrariedade do marido, que acaba aceitando apenas para não perder a esposa. André sabe desde o primeiro instante que esta é uma batalha perdida, mas luta para continuar com a mulher que ama.
O tempo corre um pouco e vemos André cobrando de Maysa sua ausência como mãe. Ela desconsidera os apelos do ex-marido, justificando seu comportamento pelo fato de não ter uma mesada e ter de trabalhar para viver. Apesar de achar que ser criado pelos avós ou viver em um hotel não seja vida para seu filho, André acha que o lugar dele é ao lado da mãe. Mais um sacrifício feito pelo amor que ele tem por Maysa.
O tempo continua correndo e vemos o momento em que Maysa encontra Ronaldo Bôscoli. Ele e Guto, que viria a se tornar um dos maiores amigos da cantora durante anos, são surpreendidos por Maysa chegando à uma praia de helicóptero.
Convidados por Maysa para sua casa, eles não hesitam em aproveitar a oportunidade de apresentar suas composições à cantora. Boscôli é um dos primeiros nomes do movimento da Bossa Nova e quer convencer Maysa a mudar de estilo.
Enquanto volta para casa Maysa relembra sua infância no internato, que ela odiava. Ironicamente Jayme passaria boa parte de sua vida sendo educado em um.
Na casa de Maysa o clima é boêmio. Ela não esconde a grande atração por Boscôli, na época já noivo de Nara Leão. Ela canta olhando para os olhos do compositor, que não esconde de Guto que seu interesse é no que aconteceria com sua carreira caso convencesse Maysa a cantar suas músicas. Ele já é depreciativo sobre Maysa desde o primeiro instante, comparando-a com nada de muito grandioso.
Os únicos momentos em que percebo que Larissa não é Maysa são aqueles em que ela dubla a cantora. Larissa parece falar, não consegue transmitir a força que Maysa colocava em suas músicas, não consegue colocar seu coração da mesma maneira. Em todos os outros eu me esqueço de que ali está uma atriz…
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“Os únicos momentos em que percebo que Larissa não é Maysa são aqueles em que ela dubla a cantora. Larissa parece falar, não consegue transmitir a força que Maysa colocava em suas músicas, não consegue colocar seu coração da mesma maneira. Em todos os outros eu me esqueço de que ali está uma atriz…”
Verdade, como alguém pode abrir a boca para cantar “meu mundo caiu, você conseguiu e agora diz que tem pena de mim” com aquele semblante tranquilo, quase sorrindo? Maysa tinha uma expressão de puro sofrimento ao cantar. Mas, no geral estou gostando muito da minissérie.