A última vez em que estive aqui escrevendo sobre Boston Legal foi para explicar porque James Spader merecia o Emmy desse ano e fazendo um review do episódio Angel Of Death, episódio ao estilo americano: ressaltando as qualidade de seu povo enquanto comunidade, que luta, que vibra, que acredita.
Pois esse foi um bom episódio dentro da que eu acho, de longe, a melhor temporada do seriado. E já que a FOX deve exibir na próxima quarta-feira o último episódio dela, Trial Of The Century, nada como fazer um pequeno resumo do que aconteceu desde do episódio Angel Of Death, o 11º da temporada.
Bom, antes disso, bem no começo da temporada, nós tivemos a rápida passagem de Jeffrey Coho, que no começo muito me irritou, mas até que me deixou com saudades, ainda mais depois de disputar com Brad o “cargo” de Buzz Lightear oficial da festa de Halloween do escritório.
Tivemos o incrível Lincoln, meu suspeito número um como assassino da juíza na série de episódios centrados no caso, que acabou nos supreendendo quando descobrimos que o acusado era realmente culpado, junto com a sua mãe, com quem ele tinha um caso (?!?).
Tivemos Denny nos apresentando sua simpática boneca inflável: Shirley SchmitO. Que ela acaba emprestado para Jerry Hands Spenson, em troca da boneca dele.
Em Fine Young Cannibal (03×04) foi possível ver tudo que James Spader é capaz quando Kelley entrega um de seus melhores roteiros: ele defendendo um homem de rua que comeu seu amigo, ao tentar cremar seu corpo para que ele não apodrecesse nas ruas ele não resiste e acaba se alimentando, depois de dias sem comida. Sem perder o humor, Kelley ainda coloca Denny e Alan numa disputa de luta livre, quem perdesse não poderia mais paquerar a Shirley.
Temos, pela primeira vez, uma namorada a altura de Denny Crane, desculpem o trocadilho: Bethanny. A anãzinha conquistou o coração de todos os fãs do seriado e torço para que ela volte na próxima temporada, pois seu gênio difícil casava perfeitamente com a loucura da Denny.
Jerry Hands Spenson teve sua melhor temporada: primeiro mostrando como nunca seus problemas por causa do Asperger, depois sua superação, utilizando o tal cigarro de madeira, seu conflito em enfrentar o amigo Alan no tribunal e, finalmente, ele cantando o tema de Boston Legal para Shirley. Esse cara merecia todos os prêmios de ator convidado existentes no planeta. Melhor que isso só saber que, a partir da quarta temporada, ele se tornou personagem fixo. Fazendo uma dupla e tanto com Clarence.
Em Nuts (03×12) Denny é proibido de voar ao ter seu nome incluído na lista de possíveis terroristas, enquanto uma nova advogada, Vanessa, ajuda Shirley a defender uma professora que está sendo acusada pelos pais de um menino doente que morreu de choque anafilático durante a aula. Neste episódio coube a Shirley o encerramento matador, mostrando o quanto se exige de um professor, enquanto os pais poderiam ter pago uma escola especial, já que conheciam o risco que seu filho corria.
Dumping Bella (03×13) tem a história centralizada no fato de Denny já ter se enchido de Bella, mãe de Bethanny com que ele vem saindo desde que ela jogou a bomba de que a anã poderia ser filha dele, o que não é. Para complicar as coisas, ele precisa, antes, processar um grupo de defesa da natureza, que teria explodido uma bomba de tinta azul na cara dela, por causa de sua empresa de cosméticos que utiliza animais para testes. Mas o processo sobra para Shirley, que continua pagando seus pecados, ao que parece.
Para aumentar a tensão do escritório Denise resolve manter um caso com Brad e Jeffrey Coho, ao mesmo tempo. E é claro que Alan é quem percebe. O episódio encerra com os dois brigando na festa a fantasia, vestidos de Buzz.
Mais uma vez o juiz Clark Brown se torna o motivo de nossas risadas, dessa vez em Seeling Sickness (03×14), onde ele contrata Crane Poole e Schmidt para processar uma clínica que prometeu curá-lo, bem, de ser gay. E não é bem uma clínica, é um retiro de uma igreja que promete essa maravilha.
Shirley continua ganhando espaço na temporada e, neste episódio, defende um pai que quer impedir a filha de tomar uma medicação que faria com que sua filha esquecesse o abuso que sofreu de um rabino. A mãe quer que ela tome, aconselhada pelo novo marido, o pai acha que ela deve se tratar sim quanto a experiência que teve, mas não tomando um remédio de esquecimento. Ao que eu e Shirley concordamos. Mais um encerramento perfeito de nossa sócia preferida.
Em Fat Burner (03×15) é Denny quem vai pro banco dos réus, dessa vez por mandar gordura retirada das pessoas que fazem plástica em um hospital e despachá-la para outro país para gerarem energia. Os casos mais absurdos quase sempre geram os julgamentos mais interessantes, e esse não fugiu a regra.
Clarence, inspirado por seu namoro com Claire, resolve advogar, mas acaba pegando um caso de assassinato para defender. Bethanny é quem vem em seu socorro. Os dois se saem muito bem no julgamento, com Clarence começando mostrar a que veio.
Em Good Lawyer (03×16) Alan é escolhido como advogado por um homem demitido por dizer ter sido abduzido, além de defender uma vizinha que roubou o corpo do pai colocado em uma daquelas exposições que mostram a parte interna dos corpos meio que exibicionistas meio que ensinando algo, enquanto Bethanny obriga Denny a ir a uma sinagoga (isso não teria como acabar bem). Quem rouba a cena é Jerry Spenson, representando o hospital que demitiu o maluco, ops, o visionária. A cena inicial do julgamento, com os dois se abraçando e colocando o papo em dia é ótima, ainda mais com o juiz Sanders presidindo, mas sua mudança ao longo do julgamento, graças ao novo tratamento, é surpreendente. E o final, com Alan chateado pelo que fez com o amigo, é tocante.
Nesse episódio, também, temos as coisas esquentando entre Denise e Brad. Ela, que inicialmente queria distância do mariner pai de seu bebê, começa a ter ataques de ciúmes e, no meio do fogo cruzado, Paul Lewiston tem reações que são impossíveis de serem descritas aqui. Para provar que ela e Brad são incompatíveis, ela recorre a psicóloga de Alan, aquela da medida para calças. Ai, vou realmente sentir saudades desses três!
Ah, tava esquecendo, tem também a parte de Alan Shore aconselhando Clarence em seu relacionamento com Claire e tem Denny acertando o rabino em meio ao culto, bem no olho, com uma daquelas bolinhas de papel.
Já The Bride Wore Blood (03×17) traz a participação especial de Megan Mullally (a Karen Walker de Will & Grace), o que deve ter rendido bem lá pelos EUA. Ela faz o papel de Renata Hill, ex-namorada de Alan Shore, agora acusada de assassinar o noivo em plena prefeitura (é lá que os casamentos são realizados nos EUA). O episódio surpreende, surpreende porque ela consegue não só nos enganar como enganar Alan Shore, que acredita em sua inocência até o momento em que, no encerramento do julgamento, ele diz ter encontrado a outra mulher e que Renata é a única em todo tribunal a não olhar para a porta.
Juro, eu não peguei isso, até voltei e vi de novo, e fiquei extasiada com Alan colocando a louca na parede, fazendo com que ela aceite o acordo, mesmo achando que sairá livre, pois ele sabe a verdade. A parte cômica fica a cargo de Claire, obrigada a defender um rapaz acusado de roubar um celular, o que está claro que ele fez mesmo, e, entre revoltada e louca, ela ainda consegue que ele saia livre.
Son Of Defender (03×18) foi o episódio mais esperado da temporada, eu acho, desde que foi divulgado o uso de imagens filmadas por Willian Shatner em seu passado, que não haviam ido ao ar pois o show nunca estreou. Ele foi o episódio escolhido para a candidatura dele ao Emmy, que ele não ganhou. Eu não vou dizer que não era merecido, como muita gente falou por aí, acho que o trabalho dele na sala de reunião, com bombas ao redor do corpo, foi ótimo, mas acho que foi a expectativa pelas cenas do passado que acabaram por prejudicar a avaliação do trabalho de hoje.
Mas o que eu mais gostei no episódio, e acho que é uma das características de Boston Legal que eu mais curto, é o fato de, mesmo em meio a tensão de uma bomba poder explodir a qualquer momento, eles conseguirem fazer aquele humor que não é para dar risada, mas para tornar mais leve a nossa vida. Ou Brad ficando preso em um duto de ar condicionado não é delicioso de se ver?
Alan é o único que escapa da tensão do escritório: ao defender a vizinha acusada de prostituição acaba desacatando o juíz e vai parar na mesma cela que sua cliente e o político com quem ela estava.
No escritório, todos ficam reféns de Joe Gordon, o filho de um homem assassinado nos anos 60. Denny e seu pai foram os advogados que defenderam o suspeito do crime no julgamento, obtendo sua inocência. O homem culpa Denny por deixar livre o assassino e resolve reencenar o julgamento, utilizando as pessoas do escritório como júri. Ele será o juiz.
O episódio é bastante tenso, os momentos de calma se referem aos momentos de Alan na cela e a Brad preso no duto de ar, por onde ele pretendia chegar a sala de reuniões. Ao final, sem explosões, o acusado consegue convencer Joe de que realmente não foi ele. Na época ele tinha um caso com um homem que morava no mesmo prédio e não podia justificar o que estava fazendo lá. E todos acabam sãos e salvos.
Já Brotherly Love (03×19) foi um episódio apenas bom. O caso central é um advogado acusado como cúmplice de assassinato, já que ajudou seu irmão a esconder as provas de que havia matado a esposa. Alan é o escolhido pelo acusado como advogado. É claro que o encerramento é sensacional, afinal é o Alan. Mas o episódio no todo foi apenas razoável.
No escritório, Paul tenta obrigar Brad e Denise a assinar um “contrato de amor”. Brad aposta as fichas em que conseguirá ficar na firma sem isso, Paul até o demite, mas no fim, sem contrato de amor, Brad fica. E fica feliz: Denise aceita seu pedido de casamento!
Já Guise’n Dolls (03×20) se tornou um dos meus favoritos por motivos bem mais particulares: a luta de uma mãe contra uma loja que vende bonecas do tipo Barbie vestidas como prostitutas. Por que um dos preferidos? Minha filha só tem 4 anos e mais de uma vez eu sumi com bonecas que ela ganhou de aniversário ou natal porque pareciam prostitutas mesmo. Sim, sou careta demais. Minha filha só assiste Discovery Kids e ouve músicas infantis. Um dia quase enfarto quando ela chegou em casa cantando Festa no Apê e uma outra música da tal Kelly Kee (??) que tinha aprendido com coleguinhas de escola. É criar filhos não é tarefa fácil!
Bom, Alan é o defensor da mãe desesperada em questão, Kaye West, uma velha amiga. Que quase o mata do coração ao falar que a menina é também filha dele. Tudo mentira da boa, mas foi interessante ver o efeito.
Mais uma vez Jerry Spenson será o adversário de Alan, novamente com aquele cigarro de madeira na boca. Comecei a concordar com Alan: ele e aquele cigarro podem ser realmente desagradáveis. Mas, assim como Alan também, sinto a perda de um amigo querido. É Clarence que traz um pouco de luz sobre o assunto, ele mesmo uma pessoa que adota personas para enfrentar, ou não, seus medos.
A juíza do caso é Gloria Weldon, que, como Alan diz, pode gostar mais da bonecas do que ele mesmo. E ela é linda, e eu adoro a atriz que a interpreta desde American Dreams (alguém lembra desse?). E os dois fazem um casal demais. Ela tem uma loucura a altura de Alan, mas com mais classe.
A surpresa do julgamento fica no encerramento de Jerry que, sem seu cigarro de madeira, faz um delicado e significativo discurso. O velho amigo está de volta? Ele também acha as bonecas desprezíveis, a questão e que o mundo tem ficado assim… E existem mais mães que se vestem como prostitutas do que as bonecas a venda. Não deu nem para achar que Alan merecia ganhar esse caso. Ah, e o pedido de desculpas de Alan? Só não foi tão perfeito quanto Jerry aceitando as desculpas antes mesmo do pedido ter terminado. Amigos de verdade são raros. Ops, mais um motivo para estar entre meus preferidos: adoro quando eles falam de amizade.
Denise enfrenta a falta de crença de Shirley no relacionamento dela com Brad. Ela até chega a desconfiar do que sente, mas numa cena super fofa (coisa de mulherzinha) ela fala para o ex-fuzileiro que tem certeza que o ama, de verdade. Também não podia faltar Denny arrumando confusão: ao entrevistar um candidato a vaga de associado, um negro, ela faz o infeliz comentário de que ele nem parece negro, o que rende muito na mídia e quase significa a demissão de Denny.
Quem salva Denny, e encerra brilhantemente o episódio, é Shirley, desafiando o corpo de sócios ao votar pela permanência de Denny, e conseguir, com uma coletiva de empresa que nada ficou a dever aos encerramentos de julgamento de Alan Shore. O crescimento da importância da personagem foi prazeroso de se ver e tornou o show ainda mais interessante.
Em Tea And Sympaty (03×21) Shirley mais uma vez se destaca ao defender um homem, Simon Griffin, que teria se curado da AIDS sem ajuda de remédios, apenas seu corpo lutando contra o vírus. A questão é que seu médico adquiriu os “direitos” sobre o sangue dele, o que o impede de ganhar dinheiro com isso e ele quer vender seu sangue e ganhar dinheiro.
Clarence enfrenta Jerry defendendo uma garota gorda que foi expulsa de uma fraternidade. Show dos dois, de primeira qualidade. Jerry continua em vantagem.
Já Alan precisa defender a juíza Gloria Weldon, depois que um guarda experimenta o tal chá feito com plantas da Amazônia que leva a pessoa ao delírio. Para ajudar, o promotor responsável é justamente aquele que odeia Alan como Diabo. Como sempre, Alan ganha um daqueles casos mais improváveis. Ah, Simon, justamente por ser um idiota egoísta, como a própria Shirley o classifica, fica sem direito sobre seu próprio sangue e Paul dá conselhos a Brad, de maneira a ele e Denise terem o casamento da maneira que ele considera importante. Um episódio leve, em meio a uma temporada tumultuada de casos loucos.
Já Guantanamo By de Bay (03×22) é magistral. Espetacular. Perfeito. Intrigante. Um show com Alan fazendo aquilo que faz de melhor: atacar o governo americano. Ele tem uma petição para processar o governo americano por ter prendido e torturado um turista em Guantanamo, que fazia trabalho humanitário no Iraque. Só assistindo ao seu encerramento, onde fala que o governo só pode estar de brincadeira ao defender o que faz com toda a cara de pau do mundo ali do lado, em Cuba mesmo. Se não assistiu, mesmo que não seja um fã do seriado, assista.
O episódio já começa acima da média, com Jerry cantando a música tema de Boston Legal ao pedir seu emprego de volta para Shirley. Ele a conquista (como não poderia?) e ela acaba bancando sua contratação frente aos demais sócios. Acho que a melhor parte da entrevista, depois da música, é a seguinte:
“How joyous that you people actually know one another. Could it be any more human? No matter where you look. One’s got Mad Cow, you’ve got the funny one who salutes and does pushups. There’s the transvestite and the girl who loves him. A dwarf who comes and goes. And how to begin to explain Alan? Certainly you can make room for one lawyer who keeps his hands on his thighs. And purrs. And then there’s you. Who’s actually considering rehiring a man who held a serrated cake knife to your throat. Such compassion for forgiveness. That makes you the most human of them all. “
O último episódio exibido, e o penúltimo da temporada, é Duck & Cover (03×23). E, concordo com Jerry, parece brincadeira que o primeiro caso dele na firma seja defender uma mulher ameaçada de despejo por ter um pato, que ela utiliza como animal de conforto contra crises de ansiedade. Claro que ela ganha o caso, até se apega ao pato, e claro que Denny atira no pato. Ele erra o alvo, mas mata o pobre do coração.
Temos ainda: Denny sequestrando a taça Stanley para gravar seu nome, e derrubando-a da sacada e fugindo em tremenda cara de pau, o quase casamento de Brad e Denise, interrompido pois o padre acaba preso por acobertar fugitivos, e acaba sendo defendido por Alan no tribunal, e o tumultuado nascimento da linda bebê deles, Brad queria que o bebê não nascesse “bastardo” e consegue arrumar bastante confusão.
Agora é aguardar ansiosamente por The Trial Of Century, com Alan e Denny juntos no tribunal, arrasando com a concorrência.
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Gosto de Boston Legal é muito bo… pena eu não dar a atenção merecida…
Abraços
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é muito boa*
Bem divertida
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ja baixei a terceira temporada e vi q o legendas.tv está com legendas dessa temporada
então, assim q passar esse periodo de oscar, tentarei me redimir de tal erro.
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Mais que na hora, né Paulitcho?
Se o sedex para tua casa não fosse tão caro eu te mandava os dvds que fiz… Montei logo que a FOX começou a dublar.
Arthur também precisa se redimir!
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ótimas analises, no momento finalmente cheguei ‘junto’ com os eua, e essa quarta temporada *alguns spoilers aqui talvez…
to sentindo muita falta do Paul, o humor corporal do Rene com suas caras e bocas funcionavam perfeitamente pro personagem e substitui-lo pelo personagem Sacks (que em tese tem a mesma função que tinha o Paul na primeira temporada) não me agradou muito
no mais o sumiço do Clarence, o que pode indicar que ele vá sair da série, já que foi assim com o Paul na terceira temporada, e a não explicação da saida de alguns personagens me desagradou um pouco
mas os roteiros e o trio Shore-Schimidt-Crane continua brilhante, acrescido agora do sensacional Jerry que continua engraçadissimo e com casos pra lá de inusitados (o da mulher apaixonada pela caixa é inesquecivel)
por essas e outras que acho Boston Legal uma das séries mais injustiçadas, vc dificilmente conhece alguém que assiste, a série é pouco debatida (apesar de levantar temas incrivelmente polemicos) e a série não da uma audiencia tão alta… etc! realmente uma pena, por essas e outras que bato palmas pro seu ótimo texto, não é facil analisar episódio por episódio e não é facil escrever sobre uma série tão maravilhosa como BL, mas vc brilhantemente conseguiu 😉
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Obrigada Lucas!
Também acho que BL merecia muito mais audiência e buxixo.
Mas já fico feliz com o fato dela durar tanto, em certa medida eu a comparo com Studio 60: roteiros inteligentes e cutucadas na sociedade americana. Só que ela tem tido mais sorte.
Eu imagino a saudade que você está sentindo. Ainda tenho esperança da volta da Denise, que parece que só não entrou esse ano por causa da licença maternidade. Mas Paul era um contraponto sensacional para Denny.