Studio 60: K&R – Part II (01×20)

Studio 60 01×20

Domingo não é o dia ideal para passarem seu seriado preferido, ainda mais quando o canal resolve passar dois episódios por semana. Mas, como estamos falando de Studio 60 eu religiosamente deixo tudo de lado e sento em frente a televisão.

Neste último domingo recebi visita em casa, um querido amigo então nem vou brigar, e perdi o episódio. Ainda depois que ele foi embora eu coloquei o dvd de Studio (do meu Box exclusivo, sabem) para assistir, mas já era madrugada e não passei dos 10 minutos.

Ontem estava super ansiosa para assistir, esquentei o jantar e sentei confortavelmente no sofá, mesmo tendo trabalho para fazer. E o que eu mais temia aconteceu: não só assisti K&R Part II, como assisti o seguinte e o seguinte, e chorei que nem criancinha, só faltou abraçar a televisão, que nem a Thatha falou que fará. Mas ainda tem chance de isso acontecer quando eu assistir de novo na quarta e no domingo que vem.

Bom, falando do episódio em si, e tentando me segurar para não contar nada dos seguintes, posso dizer que:

1. Danny tem, sem dúvida, as melhores falas do seriado. Todos os diálogos são bons, o roteiro é ótimo, mas parece que Sorkin separa para ele coisas muito especiais. Como a cena em que ele discute com o médico, encerrando com o ótimo: Eu vou quebrar a sua cara!

2. O personagem do capitão do exército é tremendamente caricato, não consigo me definir entre gostar ou não dele, mas que ele é capaz de fazer Tom esquecer do que está acontecendo com seu irmão com seus comentários infelizes, disso, não podemos duvidar.

3. Matthew Perry poderia, caso o seriado durasse mais, ter tido o papel de sua vida. Em nenhum momento você vincula sua atuação ao Chandler, coisa que sempre faço quando assisto algum filme com a Jennifer Aniston, por exemplo.

A situação de Jordan continua ruim no hospital, mas a linda bebê nasceu (como Matt diz: você simplesmente assume isso, vendo ou não). Prematura de apenas duas semanas tudo deve ficar bem com a pequena.

Mas nada, nada mesmo, como a cena de Danny andando sozinho pelo corredor do hospital pode demonstrar melhor como ele se sente sozinho, o quanto e terrível você nada poder fazer, por mais que você queira.

Studio 60 -1×20

A imprensa já transformou o caso do irmão de Tom em um verdadeiro circo, mais uma crítica de Sorkin, e um daqueles dois roteirista irritantes (o que eu achava menos irritante, não o careca mala) resolve dar seu depoimento à mídia dizendo que Tom era afastado de seu irmão.

Acho que isso levou Tom à loucura mais do que toda situação, já de caos, pois ali parecia que seu amor por seu irmão estava sendo questionado. Na internet o que não faltam são notícias falsas, sensacionalismo, só faltou culparem o humor do programa pelo seqüestro.

Tom quer, de qualquer maneira, dizer que tudo aquilo é mentira, mas todos sabem, inclusive ele, que nada do que ele disser fará diferença. Simon se coloca no lugar do amigo e resolve conversar com um jornalista seu amigo para que ele tente esclarecer as coisas.

Cortando para o passado, quando Matt e Danny assumiram o programa pela primeira vez, vemos que algumas coisas não mudaram. Lá o problema é um sketch bancado por Matt que critica o fato de um homem do governo ir até Hollywood a fim de sugerir temas mais patrióticos para filmes e programas.

O censor, aquele cara só pode ser chamado de censor, se coloca como o estereótipo de tudo aquilo que podemos odiar. Ou melhor, aquele bigodinho dele faz com que você o odeie, antes mesmo de saber o que ele faz. E você odeia mais ainda quando você o vê palpitando sobre o programa.

Momentos leves do episódio? Matt dizendo que a menina de Jordan nasceu com 12 quilos e ainda fazendo cara de quem “opa, não é isso?” e Lucy atirando o computador na parede. Esse pode não ter sido um momento exatamente leve, mas, com certeza, serviu para extravasar a raiva que eu sentia daquele pessoal mentiroso naquele exato momento.

Acho que isso é algo que Studio 60 trouxe de volta para minha vida que nenhum outro drama vinha conseguindo: me fazer torcer pelos personagens, ter raiva junto com eles, chorar junto com eles, como se ali fosse a vida real e eles fossem o meu grupo de amigos.

Atrás do teatro Simon pede ao amigo jornalista que o ajude a contar a verdade, mas a turba da mídia aparece. Simon não consegue entrar de volta no teatro e não responder as perguntas, que a medida que pulam ficam cada vez piores.

Como é característico dele (eu não imaginaria pessoa pior para conversar com os jornalistas em meio a tudo isso) ele perde a calma e disparar uma metralhadora de palavras, frases, rancores. Em meio a elas declara que entende porque os terroristas querem matá-los, pois ele mesmo quer.

A cena não demora nada a chegar à televisão. E eu? Eu fui começar a trabalhar… Uma longa madrugada.

Studio 01×20

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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