Eu adoro tudo que Matthew Shirts escreve. E toda segunda tem uma coluna dele no Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo (Estadão).
Na coluna dessa semana, Tamanho Família, Matthew começa falando se sua caminhada usual na Avenida Sumaré, aqui em São Paulo, e da compra de uma garrafa tamanho família de Coca-cola.
Depois ele discorre sobre a falta de discussão inteligente no mundo, culpa do povo agora ter medo de falar algo e não ser politicamente correto acha ele e eu também.
Ele fala, ainda, sobre o livro Armas, Germes e Aço – Os Destinos das Sociedades Humanas, de Jared Diamond, que ele diz ser ótimo, publicado há dez anos e que fala da história do mundo e por que alguns povos prosperaram e outros não (já foi para minha lista de livros para ler).
Mas o que mais me chamou atenção na coluna desta segunda estava em seus últimos parágrafos e me perdoem se vocês já sabiam, mas eu me surprendi:
“Eu não sabia disso, mas a configuração do teclado utilizado no mundo ocidental, que traz as letras “qwerty” na fileira de cima, foi projetada, em 1873, para atrapalhar o processo de digitação. É que as máquinas de escrever da época emperravam com facilidade e era preciso baixar a velocidade dos datilógrafos.
As limitações das máquinas de escrever foram superadas em 1932. Testes mostraram que um desenho mais racional do teclado poderia dobrar a velocidade da datilografia e reduzir o esforço em 95%. Mas os usuários já estavam acostumados com o design antigo e os interesses comerciais em mantê-lo eram grandes. Nunca se conseguiu mudar o formato “qwerty”, nem mesmo com o advento do computador.
Hoje, poderíamos escrever com muito mais velocidade. Só não sei se teríamos assunto.”