CINEMA: DOMINGO E A NEBLINA

Nas montanhas tropicais da Costa Rica vive Domingo, um homem viúvo e dono de um terreno que está sendo visado para a construção de uma nova rodovia. Quando os empreiteiros começam a mandar pistoleiros para intimidar a comunidade, os vizinhos abandonam a região um por um, mas Domingo se recusa a ceder, principalmente porque essa terra esconde um segredo místico.

Exibido em Cannes e no Festival de Toronto, Domingo e a Neblina chega na 46ª Mostra Internacional para integrar a categoria de Novos Diretores, sendo o segundo longa metragem do diretor costa-riquenho Ariel Escalante Meza.

Navegando entre o drama e o suspense, a produção dividida entre Costa Rica e Qatar traz uma bela alegoria sobre a morte e seus ritos de aceitação. Com destaque para a belíssima fotografia de Nicolás Wong Diaz, é um retrato poético sobre a dor de perder alguém e depois estar perto de perder tudo o que sobrou desta história.

Nada fácil, mas em Domingo e a Neblina esta e outras dores são tratadas com tanto talento e cuidado que vale prestar atenção.

Domingo e a Neblina integra a 46ª Mostra de Cinema. Saiba mais sobre sessões de exibição deste e dos demais títulos disponíveis acessando o site oficial.

Escrito por Tati Lopatiuk

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Gosta de romances em seriados, filmes, livros e na vida. Suas séries favoritas são Girls, The Office e Breaking Bad. Pois é.

Seus livros estão na Amazon e seus textos estão no blog.

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