Confesso que ao rever Top Gun no final de semana passada eu não o achei tão bom quanto eu lembrava ou que justificasse as infinitas vezes em que eu o revi na TV ao longo dos anos, mas ainda assim me emocionei. Memória afetiva que chama, não é?
Independentemente disso, é inegável que filme marcou uma geração – e por anos foi a melhor propaganda de alistamento de rapazes para a marinha dos Estados Unidos -, o que alimentou o barulho de antecipação desde que uma sequência foi anunciada.
Pois nesta quinta-feira Top Gun Maverick chega aos cinemas não somente entregando um filmão para quem nem faz ideia do que foi o primeiro, como também premiando os fãs da antiga com referências e a presença de personagens queridos.
Reencontramos Maverick 30 anos depois de sua formatura no programa Top Gun. Em uma prova de que nem tudo muda, ele continua fazendo o que quer, esticando as regras ao máximo e, com isso, irritando o máximo de pessoas possível.
E continua sendo um excelente piloto – o que ainda salva seu emprego.
É esse o único motivo dele colecionar segundas chances, o que desta vez significa voltar ao Top Gun para preparar uma equipe formada pelos melhores pilotos na ativa para destruir um alvo em uma missão praticamente impossível.
Se no primeiro momento Maverick se sente em casa, o retorno traz consigo a necessidade de encarar Bradley Rooster Bradshaw, nada menos que o filho de Goose, cuja morte ainda pesa nas costas do piloto.
Tom Cruise continua sendo a estrela do filme, tudo gira em volta dele, mas o roteiro abre espaço para o elenco jovem, talvez em uma indicação de que este pode não ser o último Top Gun que veremos, e tem participações especiais aqui e ali justificando o orçamento.
Ainda mais porque Miles Teller parece ter nascido para interpretar Rooster. Eu não sei quanto tempo o rapaz passou assistindo ao primeiro filme, mas é muito fácil identificar os trejeitos de Goose (Anthony Edwards) ali. Sim, o bigode e o cabelo mais claro ajudam. A gente se apega ao rapaz? Claro que se apega.
Além disso o filme só ganha com a tecnologia hoje disponível. As cenas de ação são de tirar o fôlego, a fotografia exata. O roteiro é mais consistente (com menos barrigas) e mais inteligente.
Para quem, como eu, é fã do filme antigo, parece que o diretor Kosinski soube exatamente o que lembrar e o que deixar para lá. São referências em pequenas frases, em fotos “largadas ao acaso” em uma cena, até mesmo em olhares. A presença de Val Kilmer como Iceman é bastante celebrada, ainda mais porque nos conta o que aconteceu com os dois rivais depois que deixaram “a escola” – a presença do ator, que perdeu sua voz por conta de um câncer, foi um desejo pessoal de Tom Cruise, que garantiu a presença da família de Kilmer no set.
Claro que bem tudo são flores e é complicado ver Jennifer Connelly (mais linda que nunca, gente do céu) apenas servindo de interesse romântico ao personagem principal – o que rendeu muito assunto nas redes sociais durante a produção – e ainda que entre os pilotos do grupo tenhamos duas mulheres, não são exatamente papéis cruciais para a trama.
O que, confesso, a gente acaba não dando muita bola depois de ouvir a mesma música do filme anterior abrindo o novo, ou identificar que a fonte usada nos letreiros foi a mesma, assim como o uso do mesmíssimo texto de abertura, a mesma jaqueta…
Assistir ao primeiro filme é fundamental para curtir Top Gun Maverick? Não. Mas que você vai aproveitar muito mais se o fizer, ah, isso vai!
Sinopse
Depois de mais de 30 anos servindo a marinha como um dos maiores pilotos de caça, Pete “Maverick´´ Mitchell continua na ativa, se recusando a subir de patente e deixar de fazer o que mais gosta, que é voar. Enquanto ele treina um grupo de pilotos em formação para uma missão especial que nenhum Top Gun em vida jamais participou, ele encontra Bradley Bradshaw, codiname Rooster, o filho do falecido amigo de Maverick, o oficial Nick Bradshaw, conhecido como Goose.
Enfrentando um futuro incerto e lidando com fantasmas de seu passado, Maverick confronta seus medos mais profundos em uma missão que exige sacrifícios extremos daqueles que serão escolhidos para executá-la.
Elenco
Tom Cruise, Miles Teller, Jennifer Connelly, Jon Hamm, Glen Powell, Lewis Pullman, Charles Parnell, Bashir Salahuddin, Monica Barbaro, Jay Ellis, Danny Ramirez, Greg Tarzan Davis com Ed Harris
Produção
Jerry Bruckheimer, Tom Cruise, David Ellison
Direção
Joseph Kosinski
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Me lembro como se fosse ontem o dia que assisti ao filme no cinema, sei em que cinema foi e a minha companhia.
E ainda tenho o vinil com a trilha sonora do filme.
Uma cena que sempre me vem a mente quando me lembro deste filme é deles (sim aqueles maravilhosos homens) jogando vôlei numa quadra de areia (pois não havia praia) e o Maverick todo suado depois do jogo se vestir para o encontro com a Charlie, ECAA !!!
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Pelo menos ele fala que precisa de um banho e eles nem encostam, risos.
Dessa vez rola futebol na praia e esse homem continua maravilhoso, como pode?
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Aaaaaaaaah, eu tô parecendo uma fangirl querendo ver esse filme. Bizarramente, nem tinha cogitado rever o primeiro, mas vou rever, sim, vai até ajudar a segurar a ansiedade.
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Eu super apoio, assim ficam mais frescas as memórias para as risadas na cadeira do cinema.
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Acabei revendo hoje, ainda bem que pode ser encontrada nas plataformas Star+ / Telecine e Globoplay.