Cinema: Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa)

Eu não sei vocês, mas eu não consigo imaginar outro rosto para a Arlequina que não seja o de Margot Robbie. Talvez seja o tanto de expressividade que ela tem em seu olhar… Ou talvez seja a certeza que ela me dá de que sua energia nunca acabará.

O que posso garantir é que Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa), longa que chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 06 de janeiro, tem tanta energia e expressividade quanto sua protagonista.

Robbie, depois de passar por papéis bem diferentes desde que interpretou a eterna namorada do Coringa pela primeira vez em Esquadrão Suicida, está novamente com seus olhos arregalados, sorriso enorme, cabelos coloridos e risada estridente.

Opa, falei eterna namorada do Coringa e já vou precisar me corrigir: Arlequina agora está sozinha, depois de um traumático rompimento, resolveu explodir o que marcava seu relacionamento e se tornou a inimiga número um dos bandidos de Gotham – vamos dizer assim que ela não foi a pessoa mais simpática da cidade enquanto namorava o rei do crime.

Tendo de sobreviver ela se verá na companhia de Cassandra Cain (Ella Jay Basco), uma batedora de carteiras que acabou roubando algo grande demais para sua posição no mundo do crime, e de mais três improváveis companheiras: a detetive Renee Montoya (Rosie Perez), uma assassina misteriosa (Mary Elizabeth Winstead) e uma cantora entusiasta de uma boa briga, Dinah Lance (Jurnee Smollett-Bell).

O resultado é um clima alucinante onde não faltam explosões, tipos estranhos, muita porrada (em um estilo que lembra bastante John Wick e isso é um elogio) e um diamante muito valioso.

O filme herdou alguns aspectos de Esquadrão Suicida, como a narração em idas e voltas no tempo para que a protagonista possa contar sua história, os letreiros coloridos para apresentar os principais personagens, a trilha sonora acelerada e as referências ao mundo dos quadrinhos de forma mais visual.

Só que ele, graças a Nossa Senhora do Cinema, corrige erros que tornaram seu antecessor tão criticado: ao invés de uma vilã insossa, um vilão do tipo “quero dominar o mundo hahahahaha” com o charme que só Ewan McGregor poderia dar ao personagem; e, ao invés da imediata conexão “melhores amigos para sempre” entre um grupo que mal se conhece, um espirito mais “estamos juntas enquanto é do interesse de todas”.

Seu brilho maior, no entanto, não vem dessas correções de rota, mas pelo fato dele trazer a melhor personagem de Esquadrão Suicida e permitir que ela se reinventasse nessa garota ainda louca (completamente louca), mas tão menos boba. Ainda que a gente não assista a este filme exatamente pelo roteiro, é bom vê-lo explorando melhor quem ela é, mostrando que ela sabe de suas qualidades, ainda que sofra de muita insegurança, e desenvolva a personagem de forma mais completa. É muito bom sair com esse sentimento de satisfação da sala de cinema.

E se Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa) é tudo isso é porque Margot Robbie o fez assim, tanto porque domina a tela como por ser a produtora dele, tendo abraçado o projeto ainda em 2015.

P.S. Eu PRECISO comer um lance de ovos com bacon.

P.S. do P.S. Onde eu consigo um Bruce para chamar de meu?

Você já ouviu aquela da policial, do pássaro que canta, da psicopata e da princesa da máfia? Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa) é um conto distorcido contado pela própria Arlequina, como somente a própria pode contar. Quando o vilão mais narcisista de Gotham, Roman Sionis, e seu zeloso braço direito, Zsasz, têm como alvo uma jovem chamada Cass, a cidade fica de cabeça para baixo procurando por ela. Os caminhos de Arlequina, Caçadora, Canário Negro e Renee Montoya se cruzam e o improvável quarteto não tem escolha a não ser se unir para derrubar Roman.

No filme da Warner Bros. Pictures, Margot Robbie (“Eu, Tonya”) retorna como Arlequina, ao lado de Mary Elizabeth Winstead (“10 Cloverfield Lane”, “Fargo”) como Caçadora; Jurnee Smollett-Bell (série da HBO “True Blood”) como Canário Negro; Rosie Perez (“Fearless”, “A Escolha Perfeita 2”) como Renee Montoya; Chris Messina (“Argo”, série de TV “Objetos Cortantes”) como Victor Zsasz; e Ewan McGregor (“Doutor Sono” e filmes da franquia “Trainspotting”) como Roman Sionis. A novata Ella Jay Basco também estrela como Cassandra “Cass” Cain em seu primeiro filme.

Dirigido por Cathy Yan (“Dead Pig”) a partir do roteiro de Christina Hodson (“Bumblebee”), o filme é baseado nos personagens da DC. Robbie também produziu o longa ao lado de Bryan Unkeless e Sue Kroll. Os produtores executivos são Walter Hamada, Galen Vaisman, Geoff Johns, Hans Ritter e David Ayer.

Junto com Yan nos bastidores esteve o time criativo composto pelo diretor de fotografia Matthew Libatique (“Nasce Uma Estrela”, “Venom”); o designer de produção K.K. Barrett (“Ela”); os editores Jay Cassidy (“Trapaça”, “O Lado Bom da Vida”) e Evan Schiff (“John Wick” Capítulos 2 e 3); e a figurinista Erin Benach (“Nasce Uma Estrela”). A música é de Daniel Pemberton (“Homem-Aranha: No Aranhaverso”).

A Warner Bros. Pictures apresenta, uma produção de LuckyChap Entertainment, Clubhouse Pictures e Kroll & Co. Entretainment, Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa). Estreando neste 6 fevereiro de 2020 nos cinemas brasileiros, o filme é distribuído pela Warner Bros. Pictures.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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