Bones: The Final Chapter – The End in the End (12×12)

A vantagem de escrever sobre o final de Bones tanto tempo depois (ainda que não seja desculpa por demorar tanto) é que o que ficou na memória foi o realmente importante. Sim, eles resolveram mais um caso; sim, eles pegaram o bandido (os bandidos); mas o que ficou mesmo foram os outros momentos.

Foram as lembranças que eles encontraram entre os escombros pós explosão do laboratório, que fizeram com que os fãs desses doze anos de jornada se sentissem abraçados. Isso e o fato dos estagiários trabalharem todos juntos uma última vez, relembrando acontecimentos, fazendo com que uma Bones tão triste relembrasse acontecimentos.

Particularmente eu achei um tanto bobo de início a preocupação dela com a tal amnésia seletiva, depois pensei se acontecesse comigo, se a minha facilidade para aprender e fazer coisas de repente sumisse, como eu me sentiria? Mal, muito mal. E no caso dela dá para entender a associação disso mais ainda, porque Bones, antes do Jeffersonian, era alguém muito sozinha, então sua forma de fazer as coisas era tudo que ela tinha.

“Você é a Roxie para o meu Tony e a Wanda para o meu Buck. Quem mais cantaria ‘Hot Blooded’ comigo? E, além disso, somos muito melhores do que Mulder e Scully.”

Sobre serem melhores que Mulder e Scully podem existir dúvidas, mas com certeza o seu sentimento está certo, Booth. Você sempre está com o coração no lugar certo.

Sim, a gente resistiu bem às últimas temporadas por causa do Booth, mas eu entendi que esse fosse um episódio sobre a Bones. Na verdade, olhando agora à distância, eles conseguiram dar um pedacinho do episódio para cada um de nossos personagens favoritos, então eles acertaram.

Principalmente se falarmos do fato de que agora o Hodgins é o “rei do laboratório” mesmo, não é verdade? A brincadeira andou tão esquecida nas últimas temporadas que foi impossível não sorrir quando Cam fala de sua escolha para sucedê-la no museu enquanto ela e Arastoo vão adotar seus filhos (outra coisa MARAVILHOSA). E depois pensar que nosso conspirador preferido agora é um pai de família, ainda divertido, mas bem amadurecido.

Terminar, então, apenas com  Booth e Bones no banco fora do museu, onde tanta coisa foi diata, me pareceu bem adequado. Todos já tinham tido suas vidas definidas – até Aubrey, que com certeza já tem namorada nova, néam? – e a caixa das coisas dela tinha o que realmente importava (o desenho do Parker, o livro do Sweets, o Jasper).

Sim, eu ainda queria que eles tivessem resolvido toda a questão do Zack, mas eu entendo. Na verdade, apesar do que sofremos nos últimos anos, esse final foi quase perfeito, não é verdade? Ou o mais próximo de perfeito que ele poderia ser.

E depois a gente aproveita as reprises dos episódios mais antigos e sente saudades… Daqui um tempo vamos até falar que ela não devia ter sido cancelada, vocês vão ver só.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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