NCIS: A Many Splendored Thing e What Lies Above (14×16 e 14×17)

Gostar ou não de A Many Splendored Thing depende em primeiro lugar do quanto você gosta da Bishop, e a gente sabe que muitos não gostam, e do quanto você está disposto a embarcar na viagem de “justiça” dela enquanto Chen se torna mais um “quase vilão marcante”, algo que tem acontecido muito nestas últimas temporadas de NCIS.

E, ainda que o episódio tenha sido interessante em alguns aspectos, depende do quanto você está disposto a perdoar os roteiristas da série por apenas agora, através de cenas em flashback, nos convencerem de que deveríamos acreditar que Bishop estava realmente infeliz e que ela e Qasin estavam realmente apaixonados.

Então o namorico que, para nós, havia acabado de nascer, virou uma relação apaixonada com direito a pedido de casamento de joelhos na sala seguido de jogo de boliche. Achei realmente fofo tanto uma como outra cena (bem como o cartão de Bishop dizendo que aceitava o pedido), mas preferiria te-los visto em meio a outras episódios passado, o que teria feito com que o impacto da morte de Qasin fosse totalmente outro.

Agora, independentemente do momento em que víssemos os dois juntos, o comportamento da Bishop neste episódio foi uma das coisas mais sem justificativa que eu já vi. Tive a breve esperança de que quando ela atendia ao telefone ao lado de Chen preso ao tal tanque de gás, ela estivesse falando com a equipe prestes a chegar e apenas quisesse que ele confessasse seus crimes e não que ela realmente falasse com os sírios e deixasse uma forma para que ele se suicidasse.

Acabou sendo uma solução fácil demais para o Chen e uma solução que nada tem a ver com a certinha Bishop que vimos ao longo do tempo.

E, mostrando que somos rápidos mesmo em deixar os problemas para trás, What Lies Above chega sem que Bishop tenha que enfrentar consequências piores pelo que fez (ainda que Gibbs tenha deixado claro no episódio passado que é provável que ela ainda seja assombrada por isso), e coloca todo mundo dentro do novo-velho apartamento do McGee.

Eu tomei um belo susto quando McGee chega em casa e dá de cara com metade do apartamento destruído e acaba com o corpo de um bandido no meio da sala. Mal sabia ele e nós que esse não seria o último corpo a ser encontrado naquele endereço.

Achei interessante os roteiristas tornarem a história do triplo assassinato que permitiu ao Tony e depois ao McGee ficar com aquele apartamento algo mais, ainda que toda a história tenha tantas falhas que só mesmo aproveitando os diálogos para esquecer que: um corpo ficou 15 anos embaixo do assoalho e não cheirou mal (a história de que os dutos de circulação fizeram o corpo mumificar não me convenceu), que o próprio NCIS investigaria a invasão (considerando que não houve morte de marinheiro/fuzileiro), que o McGee participaria da investigação de invasão do próprio apartamento, que McGee e Delilah achem super normal guardar as cinzas do pai do McGee embaixo da cama (jura que não tinha nem um espacinho no armário da entrada?).

A brincadeira acabou ficando pelas reações do resto do time aos segredos guardados por McGee de Delilah (eu juro que não sei como ela não sabia a história do apartamento considerando que ela chegou a conviver um bom tempo com o Tony), e o fato de que a investigação acabou se tornando uma caça ao tesouro. Pelo menos para o Torres (eu já disse que adoro o Torres?).

No fundo no fundo todos nós bem queríamos ter uma caça ao tesouro, não é? Nem a Quinn escapa.

Agora, ruim mesmo só o negócio entre o Vance e a Fleeming. Claramente Vance (e o Gibbs e eu) não é material político, por mais que ele tenha uma carreira de sucesso defendendo a lei. E com certeza alguém que tem uma carreira política de sucesso como Fleeming sabe que dança com o diabo mais vezes do que seria possível contar e não ficaria melindrada com o comentário do Vance.

Principalmente, se era para encontrar um novo interesse amoroso para o Vance, super merecidamente, porque acabar com ele três episódios depois por motivo tão besta?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. De motivos bestas para terminar relacionamentos o Gibbs é campeão !!!
    Alias a cena final com Gibbs todo vestido de marceneiro foi a coisa mais linda do episódio \o/

    Responder

Deixe uma resposta