Quantas vezes o cinema pode contar a mesma história? Bem, se ela for bem contada acredito de coração que não exista um limite fixo… Mas Kong: A Ilha da caveira não é a mesma história que já conhecemos. Nada de um gorila gigante escalando prédios no meio de uma enlouquecida Nova Iorque. O cenário é uma ilha perdida no Oceano Pacífico, vista por um satélite por um momento apenas entre enormes tempestades.
Um filme de guerra em que o inimigo é um exército de um macaco só. Tá, eu sei, essa frase ficou péssima.
Mas foi ela que eu pensei ao assistir KONG na última terça, quando uma caprichada trilha sonora tomava a sala enquanto imagens de helicópteros militares enchiam a tela IMAX – faça um favor a você mesmo: assista na maior tela que puder – e eu pensava em Apocalipse Now (tem uma cena com os helicópteros que, uau).
Apesar de não poder comparar os dois filmes, a impressão é que esta lembrança foi implantada em mim de propósito: a Guerra do Vietnã chega ao fim, o exército americano se prepara para abandonar as bases montadas no país estrangeiro quando o capitão Preston Packard (um Samuel L. Jackson quase contido) recebe uma ligação.
Sua equipe deverá acompanhar uma equipe de cientistas a uma ilha recém descoberta, garantindo que eles retornem em segurança. Chapman (Toby Kebbell) já contava em voltar para casa e para seu filho Billy, mas ordens são ordens e ele seguirá para o porta aviões na companhia de Mills, Cole, Slivko e Reles (Jason Mitchell, Shea Whigham, Thomas Mann e Eugene Cordero respectivamente).
As imagens capturadas pela fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson) no porta aviões são parecidas com as dos melhores filmes de guerra, um grupo de meninos se tornando homens enquanto carregam armas e tentando se divertir quando podem.
Ainda se juntará a este grupo James Conrad (um lindo, lindo mesmo, Tom Hiddleston), que deixou o exército inglês após a última grande guerra, mas não abandonou a fama de excelente rastreador. Se os rapazes do exército seguem ordens, Weaver procura pela foto de sua vida, Conrad apenas quer receber o seu dinheiro e, para isto, precisa sair da ilha vivo.
O que nenhum deles sabe é que Randa (John Goodman) inventou um falso pretexto para convencer o governo americano de que a missão era necessária. Randa busca a confirmação de que ele não é louco, que o que ele contou aos outros no seu passado é verdade.
Se a história lhe parece previsível, não se preocupe, ele é apenas o motivo para cenas de ação muito bem filmadas, efeitos especiais caprichados – Kong nunca esteve melhor – e muita bomba, tiro e sustos. A sensação é de uma montanha russa mistura ao trem fantasma: eu dei vários pulos da cadeira (desculpa aí moço que sentou ao meu lado).
Entretenimento de ótima qualidade e uma homenagem aos filmes que boa parte de nós assistiu nas matinês quando éramos mais novos.
A ilha esconde segredos, um deles relacionado ao personagem de John C. Reilly que se torna uma subtrama deliciosa.
Aviso importante: não importa o tamanho do cachê, ninguém está seguro.
Aviso importante dois: não levante correndo da cadeira ao final. Mesmo.
Aviso importante três: a ideia é que Kong: A Ilha da Caveira seja apenas o primeiro de uma série de filmes de aventura. Eu assistirei a todos.
Kong: A Ilha da Caveira foi produzido pelos mesmos produtores de Godzilla em uma parceira da Warner Bros. Pictures, Legendary Pictures e Tencent Pictures.
Kong: A Ilha da Caveira é estrelado por Tom Hiddleston (“Os Vingadores”, “Thor: O Mundo Sombrio”), Samuel L. Jackson (indicado ao Oscar por “Pulp Fiction – Tempo de Violência”, “Vingadores: Era de Ultron”), John Goodman (“Transformers: A Era da Extinção”, “Argo”), a vencedora do Oscar Brie Larson (“O Quarto de Jack”, “Descompensada”), Jing Tian (“Em Nome da Lei”), Toby Kebbell (“Planeta dos Macacos: O Confronto”), John Ortiz (“Steve Jobs”), Corey Hawkins (“Straight Outta Compton – A História do N.W.A.”), Jason Mitchell (“Straight Outta Compton – A História do N.W.A.”), Shea Whigham (“O Lobo de Wall Street”), Thomas Mann (“Eu, Você e a Garota que Vai Morrer”), com Terry Notary (“Planeta dos Macacos: O Confronto”) e John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”, indicado ao Oscar por “Chicago”).
Vogt-Roberts dirigiu o filme a partir de um roteiro de Dan Gilroy, Max Borenstein e Derek Connolly, com história de John Gatins. Kong: A Ilha da Caveira é produzido por Thomas Tull, Mary Parent, Jon Jashni e Alex Garcia. Os produtores executivos são Eric McLeod e Edward Cheng.
A equipe de criação nos bastidores incluiu o diretor de fotografia Larry Fong (“Batman vs Superman – A Origem da Justiça”), o designer de produção Stefan Dechant (supervisor de direção de arte em “Bravura Indômita”, “Avatar”), o editor indicado ao Oscar Richard Pearson (“Voo United 93”, “Protegendo o Inimigo”, “A Supremacia Bourne”), a figurinista Mary Vogt (dos filmes “Homens de Preto”) e o compositor Henry Jackman (“Capitão América: Guerra Civil”). A equipe também incluiu o supervisor de maquiagem vencedor do Oscar Bill Corso (“Desventuras em Série, Star Wars – O Despertar da Força”) e o coordenador de dublês George Cottle (“Interstelar”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”). A tarefa de dar vida ao Kong coube à Industrial Light & Magic, com o supervisor de efeitos visuais duas vezes vencedor do Oscar Stephen Rosenbaum (“Avatar”, “Forrest Gump – O Contador de História”).
Para levar o público à misteriosa Ilha da Caveira, o diretor Jordan Vogt-Roberts, seu elenco e equipe filmaram em três continentes durante seis meses, capturando as paisagens principais na ilha de Oahu, Havaí – onde as filmagens começaram – na Costa Dourada da Austrália e, por fim, no Vietnã, com filmagens realizadas em diversas locações, algumas das quais nunca antes vistas em filme.
A Warner Bros. Pictures/Legendary Pictures e a Tencent Pictures apresentam Kong: A Ilha da Caveira, uma produção da Legendary Pictures Production, um filme de Jordan Vogt-Roberts.
O filme estreia hoje nos cinemas nacionais em 2D e 3D, em salas selecionadas; e IMAX pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment.