NCIS New Orleans: Sleeping with the Enemy (2×24)

Aquele episódio que consegue ser bom e ruim, que você gosta e não gosta. Sobrou ação e eu finalmente entendi o porque dos “espiões internacionais” e da atuação de Russo – e foi um bom motivo, afinal a ideia de baixar as forças da Guarda Costeira e abrir uma enorme via para o tráfico realmente justifica tudo isso -, mas o vilão em si não ajudou nada.

E não ajudou por dois motivos: Ivan Sergei nunca foi tão canastrão e porque essa coisa dele se tornar um soldado tão extremo dos cartéis não foi bem justificada. Ou vocês andam vendo por aí gente passar a trabalhar para os bandidos simplesmente porque o chefe não o elogiou bastante?

Um dia infeliz no trabalho está valendo matar um monte de gente? Eu ia dizer que já vi motivações piores, mas aí pensei direito e conclui que não, essa foi a pior mesmo.

Dinheiro, vingança, se apaixonou pela pessoa errada, tudo isso eu aceitaria melhor.

O que sobrou? Sobrou Brody de coração partido, mas sem se sentir culpada porque seu instinto acertou de novo e ela não tinha engolido a história de que ele estava só olhando o pôr do sol da cidade. Além de não arrumar bom motivos para virar bandido, Russo mentia mal.

Mas esse não foi o único defeito do episódio que encerrou uma segunda temporada bastante irregular – sim, adoro NOLA do fundo coração, mas sei que ela não encontrou o caminho certo quando o assunto é roteiro: da onde saiu aquele LaSalle todo protetor com Percy e quase lhe tascando um beijo? Eu perdi algo ao longo do caminho?

Forçar um romance entre parceiros é daquelas péssimas decisões que todo roteiristas precisa resistir a tomar. LaSalle e Percy funcionam muito bem como parceiros, brigam como dois irmãos e sempre respeitaram as capacidades um do outro… Até aqui, pelo menos. Podíamos não mexer nisso, não é? Até acho que Percy tem alguma atração por ele, mas nada sério também.

Nada como nosso pobre Sebastian quase morrendo por ver Brody com Russo.

Então como que eu disse lá em cima que foi bom e ruim? Cadê a parte boa?

A ação, a correria, o suspense da desmontagem da bomba, ainda que a gente soubesse que eles não iam explodir a principal ponte da cidade, Pride e Brody, Brody o tempo todo.

No final das contas nem é tanta coisa assim que eles precisam arrumar.

Que eles aproveitem as férias para isso, não é mesmo?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.