Super heróis vem em diferentes tipos e a verdade é que alguns deles nem ao menos tem super poderes ou tem uma moral que alguns podem chamar de “discutível”.
Ao que parece estes tipos podem ser bem interessantes e Ben Affleck parece gostar de interpretá-los e se sai bem na missão. Depois de assumir a capa de Batman, a partir desta quinta o ator poderá ser visto interpretando Christian Wolff, O Contador.
O novo filme conta com direção de Gavin O’Connor (Desafio no Gelo, Força Policial) e é um suspense-pipoca-denso com excelentes, EXCELENTES, cenas de ação. E que amarra todas as potas – eu não sei vocês, mas eu adoro quando eles conseguem amarrar todas as pontas.
Christian Wolff é portador da Síndrome de Asperger e segue uma rotina bastante rígida para conviver com seu problema. Seu pai, um coronel do exército, garantiu que ele soubesse se defender sozinho e que conseguisse administrar suas crises. Como profissão ele escolheu a contabilidade, afinal números são mais fáceis que pessoas ou simplesmente são quebra-cabeças que você consegue entender ao final (você pode não concordar, mas eu, como contadora, concordo).
O problema é que a sua clientela não é das mais honestas e isso coloca o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, coordenado por Ray King (J.K. Simmons), atrás dele.
Para desviar a atenção, Christian aceita um “bom cliente”, uma empresa de robótica de última geração onde uma assistente de contabilidade, Dana (Anna Kendrick), descobre um erro que significaria desvio de recursos. Christian faz seu trabalho e descobre que o erro significa milhões de dólares, mas não tem a chance de terminar o quebra-cabeças: ele vê a sua vida e a de Dana em risco.
Pior: o inimigo parece ser tão bom no ataque quanto ele na defesa.
O Contador tem várias qualidades: o fato de ser um roteiro inteiramente novo com uma trama sem sobras, a ótima construção de personagens com mais de uma dimensão, a atuação de Ben Affleck e Jon Bernthal, o fato de amarrarem as pontas (como eu disse antes), o final que foge do óbvio e momentos de comédia bem dosados, que quebram a tensão, mas não desviam o filme de seu caminho.
Ainda que algumas coisas ali fiquem aparentes desde o início, ele consegue compensar com a forma com que são apresentadas e com outras surpresas. O resultado final é sem sombra de dúvida mais que eficiente.
O roteiro de O Contador é de Bill Dubuque (O Juiz), a produção de Mark Williams e Lynette Howell, com O’Connor, Jamie Patricof e Marty Ewing como produtores executivos.
A equipe criativa dos bastidores inclui o diretor de fotografia duas vezes indicado ao Oscar Seamus McGarvey (“Anna Karenina”, “Desejo e Reparação”, “Peter Pan”), a designer de produção Keith Cunningham, o editor indicado ao Oscar Richard Pearson (“Voo United 93”), a figurinista Nancy Steiner, e o compositor indicado ao Oscar Mark Isham (“Guerreiro”, “Nada é Para Sempre”).
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ÓTIMO!