Criminal Minds: Beyond Borders e A Place at the Table (10×19 e 10×20)

A pergunta mais importante é: posso continuar chamando de Mac Taylor? Porque é ilusão de qualquer um que eu consiga chamar o personagem do Sinise por outro nome, ainda mais considerando que ele está fazendo o mesmo papel, só que agora no FBI.

Beyond Borders teve a missão de nos apresentar ao novo spinoff de Criminal Minds – lembram que o primeiro não deu certo, né? – e com isso colocou a equipe da BAU trabalhando em conjunto com uma equipe especializada em crimes que cruzam a fronteira americana.

E para colocar todo mundo trabalhando junto o caso envolvia uma família desaparecida em Barbados e um histórico de outras família desaparecidas na mesma situação.

(Abre parênteses) Para quem for viajar fica a dica: nada de entrar na van de estranhos e muito menos sair aceitando água deles para beber, ok? (Fecha Parênteses)

Com a equipe nova o apego é imediato com o Mac, porque a gente já o conhece :P, com o Matthew, porque eu gostei dele e pronto, e com o Russ, que a gente viu crescer com sua família no subúrbio de Nova Iorque, não pera, estou misturando tudo.

Voltando a este episódio e a esta série: gostei muito do Russ, a versão deles da Garcia e o menos engomado da equipe de lá. Já o Jack  realmente me pareceu uma reedição do personagem de CSI NY e talvez isso tenha sido o bastante para me deixar com o pé atrás com esse spinoff, mesmo eles tendo gastado bons minutos tentando nos fazer gostar dos personagens, mostrando como a Garcia já conhecia o Russ e o Hotch sabe sobre a vida do Jack.

Talvez não tenha ajudado muito o fato do episódio não ter sido nem lá, nem cá: não vimos muito da atuação da nova equipe, mas a antiga, querida e conhecida, também não estava 100%. Acabou valendo mesmo destaque para a dupla Garcia e Russ, que foram os que entraram em contato com os parentes dos desaparecidos e conseguiram juntar pontos garantido que o time chegasse ao local do cativeiro a tempo de salvar a todos.

Então resta esperar pela estreia da série para que a gente realmente possa descobrir se vai dar certo… Porque a grande verdade é que a gente quer que dê, como se não tivéssemos coisas o bastante a assistir.

Criminal Minds 10x19 Sinise Gunn

 

Já A Place at the Table é o retorno a velha fórmula conhecida e querida: quando uma família inteira é encontrada morta na sala de jantar, a equipe precisa descobrir a real motivação do assassino em meio a vários suspeitos óbvios.

O episódio também teve seu lado pessoal, o que tem sido constante nos episódios desta temporada, quando coloca Hotch tendo de lidar com seu sogro, que não o perdoa pela morte da filha, sendo diagnosticado com Alzheimer.

“Quando não existe um bom pai, nós precisamos criar um.” – Friedrich Nietzsche

E foi um excelente episódio. Eu fui pega de surpresa pela amarração entre o caso do pai da família morta e o namorado da caçula desta. Em momento algum eu poderia imaginar que ele era na verdade o filho de um caso desse pai, um filho renegado e ressentido.

Depois da surpresa a certeza da maldade extrema: quando ele monta o cenário na casa de sua mãe, conta como matou a família e em nenhum momento demonstra remorso ou pena, bem, você tema  certeza de que para ele não existe mais esperança.

“Nós não nos tornamos sábios relembrando nosso passado, mas tendo responsabilidade por nosso futuro.” – George Bernard Shaw

Do lado pessoal, Hotch descobre que seu sogro está com Alzheimer da pior maneira, tendo que tirá-lo da cadeia após ele invadir sua antiga loja. O ressentimento do sogro é evidente e até compreensível, a perda de um filho é daquelas coisas antinaturais cuja dor eu jamais serei capaz de compreender,

Mas o importante mesmo é quem Hotch é e ele acabou por dar um jeito do sogro não acabar sozinho em uma casa de repouso enquanto ainda tem consciência de seus atos, deixando a todos um pouco mais felizes.

Criminal Minds  A Place At The Table 10x20 s10e20

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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