Livro: Era uma vez um corredor

Bom, é setembro. Só que esse texto é sobre o livro que eu deveria ter lido em julho. Horrível? Bom, eu poderia dizer que foi tudo culpa da Copa mais aniversário da filha com tudo feito em casa mais férias escolares, mas a grande verdade é que livros que nos apaixonam vencem qualquer obstáculo – coisa que tem tudo a ver com o tema de julho do Desafio Literário do Tigre, que era esportes.

E acho que esse foi meu principal problema com Era uma vez um corredor, livro escolhido por mim porque lembrava de muita gente falando bem na época de seu lançamento e porque eu não consegui pensar em nenhum outro: faltou amor a primeira vista.

A missão dele não era das mais fáceis: eu nunca tinha lido um livro com o tema, que só faz parte da minha vida em época de Copa do Mundo mesmo. Ah, não venha me falar que você achava que eu era a maior esportista só por conta da minha bicicleta onipresente!!

É assim: minha bicicleta é extensão do corpo quando o assunto é mobilidade, já as muitas competições ciclistas, encarar um Audax, assistir o Tour de France do começo ao fim é coisa do meu irmão – esse fim de semana mesmo lá vai ele de novo subir trilha, encarar barro em São Luís do Paraitinga.

Engraçado é que não faltam amigas corredoras pra mim, das iniciantes as profissionais, todas contando das emoções da corrida. Bom, se você me ver correndo por aí é porque eu estou fugindo de alguém.

Dito isto, imagine ler um livro em que são descritos todos os detalhes dos treinos extenuantes, de cada tipo de corrida, de cada tênis, do excesso de cansaço, da fome absurda. Porque Era uma vez um corredor é sobre isso, não se engane.

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Quenton Cassidy, atleta da Southeastern University, sonha percorrer uma milha em quatro minutos. Quando está prestes a atingir sua meta, porém, a agitação política e cultural provocada pela Guerra do Vietnã chega ao pacato departamento de atletismo de sua universidade, mudando de forma repentina o rumo de sua vida – ao se envolver em um protesto organizado pelos colegas, Cassidy é suspenso da equipe de atletismo. Sob a tutela de seu amigo e mentor Bruce Denton, ganhador de uma medalha de ouro olímpica, Cassidy abre mão daquilo que seria seu futuro e incluía uma bolsa de estudos e a namorada, para se entregar a um refúgio monástico no campo. Lá, começa a treinar para a competição de sua vida – uma disputa de igual para igual com o maior nome da história das corridas de uma milha.

Ainda assim, tchan-tchan-tchan-tchan: amei o trecho final! Se tem um livro que pode ensinar até a alguém totalmente desligada de esportes o que é participar de uma prova de longa distância de corrida e se sentir como se você estivesse correndo, e gostando, é esse aqui.

Imagino que se você for um pouquinho mais ligada em esportes do que eu, bem, a leitura vai fluir muito bem.

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P.S. Agora da licença que eu tenho que ir ali ler o de Agosto ainda, affff!

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Pô, eu amei o livro (tanto que não passei adiante, coisa que costumo fazer), mas amo corrida, né. Não me esqueço da cena do treino intervalado e ele quase morrendo. 🙂

    Mas livro de esporte é complicado mesmo. Li um do John Grisham (escritor que adoro) que era sobre um jogador de futebol americano e o livro não rendeu, foi um parto. Emprestei pra alguém que nem é ligado em futebol americano, mas que acabou gostando.

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