Hannibal: Rôti (1×11)

Não sei se cheguei a escrever aqui o que virá a seguir ou se apenas comentei com amigos, perdoem-me se sou repetitiva, mas nunca tive tanta certeza do que direi como após este episódio de Hannibal.

Quando começamos a assistir a série nos apegamos a Will. Lector era praticamente dispensável. Cheguei até mesmo a falar que a série deveria ter diferente nome.

Passados alguns episódios, Lecter sobressaiu. Ele nos seduziu ao mesmo tempo em que seduzia Will. Ele nos envolveu, ele nos conquistou. Ele se tornou o melhor amigo de Will, aquele em quem o agente federal se apóia.

Uma amiga, que assistiu ao filme Dragão Vermelho, com os personagens, comentou então que o Will do filme era muito diferente destaque temos aqui. Que sua luta para capturar o assassino não tem nada de amizade.

Chegamos então a este episódio da serie: a sedução de Lecter vai sendo descontruída a medida que vemos mais e mais de sua frieza, de sua maldade, de sua manipulação. Will, que antes se apoiava nele, declina absurdamente. Enlouquece a olhos vistos. E Lecter se diverte com a visão.

Ficamos agora incomodados com sua capacidade para o mau. Ficamos tristes por ver Will sofrer.

Chegamos então ao ponto em que uma virada é inevitável: Will descobrirá que está sendo manipulado, e aposto cada vez mais que isso acontecerá por causa de Alana, e é provável que a fragilidade dele se transforme em força, em raiva, em ódio até, e ele se tornará o algoz a altura do assassino.

E me pego pensando se isso não dará o mesmo prazer a Lecter que daria caso Will se transformasse em mais um assassino.