Café, bolo e a educação dos “pré-adolescentes”

Minha gravidez foi fácil, não engordei quase nada, fiz hidroginástica até duas semanas antes do parto, não tive nenhum problema mais sério que os enjoos e o parto foi sem temores, nem a primeira mamada teve crise alguma.

Vim pra casa sem ajuda e sem problema, dei primeiro banho numa boa, Carol sempre mamou direitinho (e muito). Foi crescendo saudável, no máximo uma gripe mais forte com inflamação na garganta, com rotina rígida, dormindo cedo, comendo na hora.

E aí que, pra mim, a dificuldade só viria mais tarde, como se a calmaria fosse presente para eu aproveitar antes da pré-adolescência precoce – sério, alguém aí sabe afinal quando é que essa tal pré-adolescência começa? – e não porque a Carol seja uma garota difícil, o que ela até é, mas porque as dúvidas são muitas e a gente quer continuar só fazendo o que for melhor pros nossos filhos.

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Há uns dias duas colegas virtuais ultrapassaram a barreira e viraram amigas reais em um café da tarde com direito a bolo de microondas (de receita fácil e rápida, só que eu não tenho microondas) e duas horas de conversa foram pouco.

Impossível não pensar na minha infância, em que uma vez por semana minha mãe e minhas tias se encontravam para um café, enquanto eu brincava com minhas primas, e conversavam sobre a vida. Não sei se falavam sobre o trabalho que dávamos ou sobre nosso desempenho escolar (eu confesso que fui meio santa demais quando criança), mas sei que aquele momento era especial para elas.

Lembro de uma conversa em que uma outra amiga, acho que foi a Tiffany, falou sobre o fato de que a rede de mães, de blogs maternos, de comunidades na internet, é um substituto a estes encontros de amigas e tias, já que nossas famílias são menores e, muitas vezes, moram distante.

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O que esses dois assunto tem em comum? Bom, neste momento em que eu tenho mil dúvidas sobre o que fazer quando a Carol não responde da forma que eu gostaria, ou será que a escola é boa mesmo, ou será que aquela hora em que eu berrei eu deveria ter berrado, nada como ter amigas por perto para beber um café e se sentir mais normal.

Quando no mundo virtual muitas vezes você só consegue encontrar conselhos para quem tem filhos mais pequenos ou em que muitas mães soam irreais porque são perfeitas demais, nada como dividir suas dúvidas com pessoas de verdade, que não só vão respeitar esse seu momento e entender seus erros como ainda vão poder te ajudar a superar várias dificuldades.

Espero de coração que esse café com bolo se repita mais vezes porque a troca foi rica demais para ser perdida.

Além disso, acho que nós três, eu, Patrícia e Priscila, saímos inspiradas a falar mais sobre tudo isso do “lado de cá” também.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. Moça, tô aqui – cê sabe, né?
    Uma pré, outra aborrencente.
    Peguemos na mão de Jesus e oremos!

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  2. Si,
    Adoro estas conversas, são enriquecedoras, quem sabe um dia role em um horário que eu possa atender também.
    Há duas semana pensei eu ter marcado uma consulta para Sophia em uma nova pediatra, já que o que acompanhava a So desde que mudamos da Alemanha para o Brasil, resolver fazer alguns anos sabáticos na Autrália. Então, chegando lá, a pediatra me disse que a Sophia será paciente dela na outra especialidade Hebiatria, isto mesmo ela também é Hebiatra.
    Enfim, ela pediu vários exames e agora retornarei com a Sophia assim que surgirem os “peitinhos”, isso mesmo e será em breve pelo que ela me disse.
    Ah! Também a Sophia poderá ir para as consultas com a mamãe esperando na sala de esperas.
    Afff um choque, meu bebê cresceu e foi muito depressa.
    Adorei a cartilha que ela me deu com alguns comportamentos que eles começam a ter a partir de agora e também me indicou um livrinho, isto mesmo, já que não gostamos, um livrinho de um amigo dela que fala de uma forma bem divertida o que acontece com esta tal fase pré-adolescencia.
    Depois te mando o nome.
    Beijocas e segura na mão de Deus e vai, pois o negócio é feio.
    Eli

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    1. Rindo aqui do “segura na mão de Deus” até porque não podia ser mais verdade né? Na falta de manual o negócio é ter fé. Achei bem legal essa história da herbiatra, pensando seriamente em levar a Carol logo logo. Beijos em todos aí

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