Harry’s Law: Send In The Clowns (01×10)

“Alguém, não Oscar Wilde, mas alguém disse uma vez: ‘Nossas vidas são a soma total de nossas experiências.’ Mas não são as experiências. São as pessoas. Não apenas aquelas em nossas vidas… Mas também aquelas que cruzamos. As Amandas. Os Martys.  Todas as passageiras, pequenas, mas ricas relações. Às vezes, elas são as mais especiais de todas. É por isso que sempre prometemos manter contato. Se ao menos o fizéssemos… Se ao menos o fizéssemos…”

Eu lembrava dessa citação de outra forma, algo como “experiência não é o que acontece com a gente, mas o que fazemos do que nos acontece.” E eu achava que era Oscar Wilde… Ou o livro 1949 de George Orwell, agora não sei.

O que importa realmente é que tem certas séries que são assim: nos fazem reavaliar a vida, o que pensamos. Quebram paradigmas. Algumas vezes com humor, algumas vezes com grandes discursos, algumas vezes sem que a gente perceba algo. Nos faz olhar com outros olhos, ter a vontade de mudar algo.

Os seriados de David Kelley sempre fizeram isso comigo, em diferentes medidas, e eu sempre sou grata por isso.

Veja bem, esse nem era para ser um grande episódio, afinal nenhum dos dois casos foram grandes desafios, mas a defesa de Harriet de seu caso e a verdade por trás do caso de Amanda fizeram toda diferença – principalmente no caso de Amanda: quem de nós não entendeu o motivo do rapaz querer consertar sua vida, quem de nós não ficou com pena pelo coração partido dela?

Mas aí vem o pensamento final de Harriet e tudo faz sentido: precisamos dar mais valor aos encontros que temos em nossa vida, menos os menores deles.

P.S. Ver Richard Kind como Marty Slumach foi um prazer a parte: Mad About You sempre será um dos seriados mais especiais de minha vida e seu Marty apenas foi uma versão mais apalermada do doutor Mark que ele interpretava lá.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. tem uma curiosidade sobre o título do episódio (peguei no orkut)

    “O título refere-se a uma suposta frase do jargão circense e do teatro vaudeville, usada quando acontecia algum evento inesperado durante a apresentação (normalmente, desastres como a queda de um acrobata ou um número excepcionalmente mal-apresentado). Para distrair a atenção do público, enquanto o problema era resolvido, os palhaços entravam em cena. A mesma “diversão” (literalmente falando) ainda é usada hoje em dia pelos palhaços de rodeio, quando o vaqueiro leva uma queda e a montaria precisa ser distraída enquanto ele se põe a salvo.”

    e curiosamente existe uma cena de um filme que nos apresenta isso através de uma grande atriz que veio a falecer no dia seguinte a exibição deste episódio nos EUA, foi a eterna Elizabeth Taylor e a cena está no vídeo do youtube que colocarei no post seguinte pois senão este fica esperando ser liberado

    o vídeo no youtube é > Elizabeth Taylor – Send in the Clowns

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  2. Foi tudo muito fraquinho, mas adoro assim mesmo a série

    Richard Kind… detesto esse ator! É sempre o mesmo dele!!

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