Qual a melhor forma de entrar no clima de Damages, aonde nada é exatamente o que parece? Simples: coloque na primeira cena Paty entrevistando alguém que você acredita ser para a vaga de Ellen e descobre ser para a vaga de babá da neta dela – um trabalho muito agressivo, segundo suas palavras.
E é assim que você tem a certeza de que nada mudou, mesmo que 3 anos tenham se passado, Ellen agora use uma franja, Paty seja vovó e Tom não esteja mais entre nós – ele aparecendo nas cenas anteriores já me fez sentir saudades do personagem.
Particularmente eu achei que a temporada já começou fervendo e o inimigo da vez – interpretado pelo maravilhoso John Goodman – foi uma escolha garantida: um homem religioso, que cuida de sua família e, ao que parece, de seus funcionários com todo cuidado. Mas que, para isso, não se importa de usar de artimanhas políticas garantindo seu dinheiro. Mais que isso: ele não se importa que seu dinheiro venha da guerra.
Ah, e os americanos sabem o quanto se paga pelo lucro vindo da guerra, tanto que os apoiadores dela não andam em alta conta no congresso, colocando a empresa de Erickson (Goodman) em risco de não renovar seu contrato. Para melhorar você coloca como seu “sócio” um personagem que não se importa de limpar o que ele considera sujeira matando pessoas que atravessem seu caminho.
E aí você dá de cara com Dylan Baker fazendo esse homem frio chamado Jerry Boorman e TODOSCOMEMORA, como se diz lá no twitter. Eu adoro Dylan Baker e acho que ele tem especial talento para interpretar vilões frios e calculistas cheios de charme.
Resultado: eu encerrei o episódio toda feliz!
Paty vovó sem noção resolvendo procurar pelo filho desaparecido. Ellen buscando o caso que fará sua carreira (nada mais nada menos que desmascarar a empresa de Erickson e se colocando no caminho de Jerry Boorman). Flashbacks ou fastfowards que mostram que Ellen vai ter mais um amigo morto. E um terapeuta indo pelos ares. Isso tudo em um episódio só, bem mais que muita série entrega em uma temporada completa.
