Como diria o Luciano Huck: loucura, loucura, loucura

Não sei se conhecem um pouco da história da minha sogra: devido a uma doença de coluna, desde o fim do ano passado, ela está numa cadeira de rodas, com praticamente nenhuma mobilidade, dependendo dos outros para quase tudo e passando quase que todos os seus dias dentro de um apartamento na companhia de uma cuidadora ou de alguém da família.

Hoje, para sair do apartamento, ela depende do meu marido, que cuida dela aos finais de semana e a leva aonde ela precisa, o que inclui a agência bancária do Itaú, perto de sua casa, para sacar dinheiro. As demais movimentações, sempre que possível, são feitas pela internet.

No início de setembro meu marido e ela tentavam acessar a conta pela internet e recebiam uma mensagem de erro do site. O contato telefônico com a agência também não era completado. O mais estranho de tudo: ao procurar pela agência no site do banco, ela simplesmente não existia.

Meu marido, então, foi com minha sogra a agência e lá soube que o cartão dela havia sido clonado – na própria agência, já que é o único local que ela usava e o que explica a estranha dificuldade de contato, pois com certeza ela não foi a única afetada – e que vários saques de valor considerável haviam sido feitos, usando o dinheiro que ela tinha e o que ela não tinha também.

O banco, então, pediu 10 dias úteis para verificar o ocorrido, já que, segundo análise, minha sogra poderia ter ido até São Matheus (conhecem? é longe pacas) em dias alternados e realizado os tais saques.

Nesta semana, após várias ligações sem resposta, o banco informou que nada pode fazer quanto ao dinheiro roubado – pro banco pode ser fraude, minha sogra se sente roubada – porque não existem provas de que houve a clonagem.

Ou seja, eles acham que uma correntista desde a década de 80, uma senhora de 69 anos, cadeirante é uma fraudadora tentando dar um golpe. E pronto. Simples assim.

Agora meu marido precisou entrar com uma reclamação formal no banco, terá de aguardar 48 horas para análise para depois disso poder reclamar com a ouvidoria, para então entrar com uma reclamação junto ao Banco Central. Até lá minha sogra fica sem o dinheiro dela, da aposentadoria.

Há uns 06 anos atrás eu tive um cartão do Unibanco clonado em um posto de gasolina. Logo após o 2º saque fora do padrão o banco entrou em contato comigo para confirmação e após eu ter informado que não tinha feito aquelas movimentações o meu dinheiro foi devolvido, sem discussões, e recebi um pedido de desculpas.

Ao que parece a troca de Unibanco para Itaú não foi tão boa quanto as propagandas ficam apregoando insistentemente na televisão.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Simone, Roberto teve o mesmo problema no HSBC da Rua Profº Alfonso Bovero. Depois de um pagamento no débito em um posto de gasolina na Pompéia às 23:00 e um outro débito na Argentina uma hora e meia depois, o HSBC bloqueou o cartão dele, mas neste caso foi resolvido como com vc. O HSBC ressarciu em 10 dias o valor e também os juros do cheque especial, pois como Roberto precisou de dinheiro, ficou no negativo.
    O meu último problema com o Itaú foi resolvido bem rápido. A atendente do caixa desconfiou da minha empregada, quando ela foi sacar o cheque do pagamento, mesmo ligando para o meu celular e eu confirmando o pagamento, a caixa ainda a destratou. Fiz uma reclamação formal no Itaú e entraram em contato comigo e apuraram o que tinha acontecido além de me ligarem para pedir desculpas, mas neste caso quem merecia as desculpas era a Vera e não eu. Boa Sorte!!!

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