Post que era para ter saído no ano passado, mas a preguiça de final de ano impediu o.O.
O Sorriso do Diabo seria o último livro da trilogia de A Bicicleta Azul, centrada em dramas ocorridos na França durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, Régine Deforges acabou por deixar incompletas as histórias de alguns de seus personagens, que acabaram ganhando livros em separado, considerados por alguns críticos como continuações da trilogia (então você encontraria por aí até A Bicicleta Azul Volume 8).
Eu sempre considerei que o papel principal de toda história cabia a Guerra em si, deste modo, chegando ao final desta, Régine conseguiu contar uma história completa e rica.
O Sorriso do Diabo segue os últimos anos da guerra, finalizando com Léa retornando para casa, após ter vários de seus amigos mortos, de ver sua casa sendo destruída. Ela enfrenta, ao longo dos anos após a libertação da França, outro lado da crueldade humana, que até então ela desconhecia: ela vê os franceses cometerem atrocidades tão cruéis quanto os alemães que dominavam o país, usando como defesa o fato destes terem ajudado os alemães de alguma forma, algumas vezes nem isso, só o fato de não ter se colocado contra a dominação serve de justificativa para a maldade.
Os três livros formam um conjunto único sobre a história da guerra, não conseguindo apontar qual deles seria o melhor: equivalentes em qualidade o que acontece é que, ao se envolver com o avançar da história, fica cada vez mais difícil de largar antes de terminar o livro.
Me tornei uma admiradora da autora e procurei muito nas livrarias e sebos pelos demais livros que citei, que mostram cada um o destino dos personagens da trilogia: é impossível não ficar curiosa para saber se Léa conseguiu reconstruir sua casa, se Tavenier sobreviveu à Guerra, como cresceu o pequeno Charles.
Na ausência destes, eu comprei O Diário Roubado, uma brochura super pequena, uma crônica sobre os sentimentos de duas meninas na década de 50 em uma pequena cidade da França.
Além da autora, a única coisa que eu sabia sobre o livros é de que ele havia sido adaptado para o cinema com relativo sucesso e tenho quase certeza que o filme, que, pelo que pesquisei, a história vai muito além da história mostrada no livro, deve ser melhor que este. Na verdade, isso não ia ser nada nada difícil.
O Diário Roubado é uma história superficial e incompleta. Uma decepção para quem andava tão animada com as obras da autora como eu.