Cougar Town: uma temporada e quantas melhorias

Mais um seriado que passou por um erro de concepção: Cougar Town nasceu para ser o seriado de uma estrela, Courtney Cox, e para representar um tipo bastante específico de mulher, a tal Tigresa  que parece devorar rapazes mais jovens. Uma comédia de apenas uma câmera e sem os tão famigerados claques, com um elenco de apoio razoavelmente conhecido. Uma aposta que deve ter sido considerada segura pela ABC em seu lançamento.

Aí, bem, deu errado.

O seriado foi muito mal recebido, por críticos e pelo público em geral. Alguns viam Courtney repetindo as manias de Mônica em Friends, com menos charme, outros achavam que faltava algo, afinal, é difícil fazer um seriado sobre tigresas e ainda mantê-lo um seriado familiar.

Pois quem desistiu logo de cara perdeu a oportunidade de ver como um programa pode mudar de cara e, creio eu, não por conta de uma exigência do estúdio ou porque os criadores realmente resolveram virar o botão. E eu acredito nisso porque Cougar Town não mudou de uma hora para outra, não foi como se ele virasse um novo seriado, foi mais como se ele amadurecesse muito rápido.

Na verdade, fica claro ao longo da primeira temporada que o elenco fez uma diferença absurda: era impossível não perceber como eles funcionavam bem juntos e assim o tempo de tela do grupo todo, ou de duplas em particular, foi aumentando e, com isso, a cara do seriado ficou outra. Não à toa houve até até a especulação se não seria interessante mudar o nome do seriado nesta segunda temporada, ainda mais com a Jules de Courtney assumindo sua relação adulta com Grysson (o bonitão Josh Hopkins).

Não querendo comparar, mas usando como parâmetro, Cougar Town acabou virando um Friends de quarentões: o pós divórcio, manter uma relação saudável com aquele que é o pai do seu filho, o filho entrando na faculdade, o recomeçar, o abandonar a carreira para se dedicar à família e se arrepender. Todos esses assuntos são trazidos de forma leve e descompromissada, e você vai percebendo que, se tiver amigos verdadeiros, bem, todo o resto é só um detalhe.

E nesse grupo de amigos, é impossível que você não se identifique com um deles, ainda mais nós, acima dos trinta, que eramos jovens quando o pessoal de Friends era jovem.

O último episódio da primeira temporada, Finding Out (01×24) é exemplo claro do que veremos a partir de então e, poxa, eu adorei essa perspectiva.

A Sony está reapresentando a primeira temporada de Cougar Town nas quintas de comédia. Se você está a procura de boas risadas e um novo grupo de amigos, sugiro encontrar Jules, Ellie (Christa Miller Lawrence), Laurie (Busy Philipps), Travis (Dan Byrd), Grayson, Andy (Ian Gomez) e Bobby (Brian van Holt).

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. O seriado realmente é muito bom. No começo não esperava tanto dele, mas no decorrer da trama foi se tornando muito interessante, e cada vez mais engraçado. Assim como em Friends, você vai conhecendo mais os personagens e gostando cada vez mais deles. Ao contrário do que falaram, a personagem da Courteney, pelo menos no final da série, não se parece nem um pouco com a Monica do Friends, pelo contrário, os trejeitos, modo de falar, e outras características são opostas.
    Gostei muito do final da primeira temporada, e to louco pra sair logo a segunda, principalmente porque vai ter participação da Jennifer Anniston, logo no primeiro episódio! Aguardo ansioso…

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