“Mostre-me um herói e escreverei uma tragédia.”– F. Scott Fitzgerald
Eu considero o início deste episódio como um dos mais marcantes. O assassinato ali, dentro de uma igreja, durante a missa, sem que ninguém percebesse, sem que ninguém conseguisse ver o criminoso ou mesmo pegá-lo. A situação é tão absurdamente comum, assim como a situação da lavanderia, ou na livraria, que não tem como não ficar assustado.
E para continuarmos na lista de coisa que são comuns e podem ser tornar assustadoras é o fato do assassino ser alguém que estava ali, no dia a dia de tantas pessoas, e passava imperceptível. Aquela história das pessoas que nos são invisíveis, que até já virou clichê, aqui ganha outra visão aqui.
Mais um episódio em que toda equipe trabalhou bastante, mas com algum destaque para a voz da experiência de Rossi e para o envolvimento de JJ. Falando disso: eu não achei adequado, primeiro porque não é a postura de uma agente de campo, e acho que Hotch, que sempre pegou no pé de todo mundo por qualquer desvio, amoleceu aqui. Segundo porque aí se cria um clichê: quer dizer que só porque ela é mãe, agora ela vai se aproximar demais de qualquer vítima com filho?
Tirando essa derrapada, acho que podemos falar que esse foi um episódio que segue bem o modelo do seriado e que funcionou extremamente bem.
Ah, ia quase esquecendo: o final do episódio foi tão bom quanto seu início. Tudo bem que, pensando de forma prática, era mais fácil ele ter feito isso o quanto antes e diminuir o número de vítimas não relacionadas com o que seu pai fez.
“Quando o filho aprende com o pai, ambos dão risada. Quando o pai aprende com o filho, ambos choram.” – William Shakespeare