Parenthood: Man Versus Possum (01×02)

Quando eu escrevi sobre o Primeiro episódio de Parenthood eu já havia assistido até o quinto ou sexto, eu acho. Talvez por isso eu não tenha sido justa o bastante com os leitores, afinal, eu já havia me apaixonado pelo seriado em seus episódios subsequentes e dado vários descontos aos defeitos do piloto.

Na verdade, não é nem que o piloto tivesse tantos defeitos assim, mas era a questão dele não ser um caso de amor a primeira vista e eu querer me apaixonar e não me sentir assim. Poxa, tinha Lauren Graham e tinha Peter Krause e tinha Craig T. Nelson. Como, como eu não estava apaixonada?

Bom, Mas versus Possum resolveu boa parte dessas questões, pelo menos para mim, por mais que algum ritmo ainda se faça necessário. Ou, quem sabe, mais integração entre o pessoal do elenco para que eles funcionem realmente como família.

Aí, ao escrever este parágrafo lembrei-me dos irmãos em volta de um cigarro de maconha em plena escola e pronto, não precisa de mais integração não, quem sabe apenas mais cenas reunindo a tropa.

Outros comentários: poxa, ver Adam entrando em pânico com a descoberta a respeito do Asperger de Max me deu sensação de reviver certas coisas. Tenho uma grande amiga cujo filho, uma graça de menino, tem Asperger. Acho que nenhum de nós foi mais o mesmo depois do diagnóstico, e olha que sou amiga, não sou família que convive com isso todos os dias.

Ponto enorme aqui para Peter Krause que soube tão bem demonstrar a dificuldade de lidar com algo que, bem, é para o resto da vida, que não é passível de conserto. E ponto de novo na cena final, ele e Max de piratas. Porque, por mais difícil que seja, é seu filho e o amor não muda – só aumenta a vontade de protegê-lo e de estar ali por e para ele.

Já a Sarah de Lauren parece encontrar seu ponto em ainda conseguir fazer graça mesmo sendo a mais perdida dos irmãos Braverman. As cenas dela com o pai funcionaram muito bem para mim.

Na segunda parte do episódio o que não funcionou para mim foi a crise de consciência de Julia. Talvez ela seja o único personagem que realmente não funciona – acho que fiquei marcada pelo filme em que a atriz fazia uma versão ruim de Glenn Close em Atração Fatal, alguém mais lembra? – bateu grande vergonha alheia no leilão da tal motoca.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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