“Eu não tenho certeza quanto aos automóveis. Com toda a sua velocidades eles podem ser um passo atrás para a civilização.”
Booth Tarkington
Neste episódio de Criminal Minds a máxima de que um carro pode ser uma arma em mãos erradas é levada a sério e, talvez pela escolha da arma, talvez pela maneira que tudo acontece, temos um diferente tipo de assassino. Pelo menos assim me pareceu.
O que é difícil de definir é se este foi mais um dos pesados episódios ou se foi mais leve – dentro do contexto, por favor: usar algo de nosso dia a dia torna esse assassino mais assustador para você?
Também tivemos algo diferente em relação a como o episódio foi montado: após uma série de episódios em que conhecemos o rosto do criminoso no início do episódio, aqui somos levados a crer que sabemos quem ele é, para sermos surpreendidos no final por algo totalmente diferente.
Na verdade todos os desvios durante a investigação foram propositais e, por isso, funcionaram tão bem.
E aí o fato de ter bons roteiristas em ação faz toda a diferença: apesar da reviravolta final, a montagem dos fatos, a descoberta do que ligava as vítimas entre si, a motivação do crime e o assassino foi tão bem feita que você fica com a certeza de que não foi uma solução tirada da manga no último instante.
Outro detalhe que funcionou muito bem: aquele homem de quem desconfiamos no começo poderia ter uma ligação com acidente, mas não tem. Sua humanidade, sua culpa, constrastam com o que acontece com o assassino, e neste contraste as coisas se tornam mais cruas, mais reais.
Finalizando: nada é super secreto quando estamos falando de Garcia, não é mesmo?