House: Big Baby (05×12)

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Não, nem de longe um excelente episódio, mas depois de Painless, tenho a impressão que Big Baby conseguiu manter algumas coisas realmente boas, das quais eu sentia saudades nos episódios da quarta temporada e, mais ainda, desta também.

Teve problemas? Sim. Na verdade ficou um episódio machista. A piadinha que House faz com Cameron sobre sexo oral era desnecessária e ficou longe de ter alguma graça. Todo o tratamento que House teve com ela neste episódio seguiu na mesma linha. Eu sei, eu sei: House é machista, preconceituoso e tudo mais, mas parece que isso deu o tom do episódio como um todo, com uma vítima mulher que cuida de crianças com necessidades especiais e com Cuddy passando por dificuldades em se sentir ligada a sua nova filha.

O drama de Cuddy não foi lá essas coisas também, diga-se de passagem. A falta de ligação acabar com a conversa das duas, sei lá, me pareceu tão absurdo. Cuddy queria tanto essa menina e de repente quer tanto ficar longe dela. Pode ser eu, mas me soou forçado. Preferiria ver Cuddy envolvida com a bebê e tendo de fazer as interferências no hospital em meio a fraldas e tudo mais que isso, preferia mais o tom do episódio passado.

Parte boa? Como Cameron tratou House, o drama de Foreman, apesar de não ser fã número um do personagem, que precisa escolher o que fazer e está realmente envolvido com Remy – epa, foi a primeira vez que falaram o nome dela? E, para ódio daqueles que a odeiam, a própria história da Thirteen. Eu preferia o modelo antigo do seriado, com a equipe antiga, mas estou longe de odiar os personagens novos – de vez em quando eu odeio o Taub, mas só ele – acho que o que falta são bons roteiros para colocá-los juntos, tanto que vira e mexe eles têm cenas boas em meio a roteiros infelizes.

Tá, o comportamento Pollyanna dela é meio exagerado, acho que uma pessoa com uma sentença de morte em sua cabeça não ia virar a mais otimista assim, com apenas uma esperança de melhora, mas neste caso admito que posso estar errada.

Outra parte muito boa: a amizade de Wilson e Cuddy. Sofro com tão poucas cenas de Wilson, mas ele realmente tem marcado presença nestas poucas cenas, de maneira admirável. E prefiro que explorem a amizade dos dois do que aquele comportamento infantil entre Cuddy e House.

O finalzinho do episódio, que ilustra este post, até que serviu para que eu perdoasse algumas coisas – somente algumas – pois soou mil vezes mais verdadeira do que os dois brincando de adolescentes: mostrou House desconfortável com algo que lhe é estranho, enquanto Cuddy tenta fazê-lo uma pessoa melhor.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. essa cena da foto tão me lembrou ‘razão e sensibilidade’ naquela cena com o hugh laurie, o alan rickman e a imelda staunton!

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