Quando um episódio de Law&Order: SVU é bom você se pega pensando que só poderia durar muito tempo e torcemos para que ele não acabe. Mas em Snitch, ainda sendo bom, vemos o desgaste que a série sofreu nos últimos tempos: um pouco de repetição no jeito que a história é tratada e um desfecho totalmente diferente do que a história indicava, não pela habilidade dos roteiristas em nos enganar, mas porque a história simplesmente muda de rumo ao seu final.
Tudo começa com uma garota sendo encontrada morta, depois do tropeço de todo episódio, com um suspeito que não é nada do que parece, Stabler e Benson acabam chegando a uma família africana. A menina foi mutilada (circunsizada), seu marido, além do dobro da idade, tem mais duas esposas.
A falha aqui (sou chata não é?) foi, mais uma vez, os produtores e roteiristas darem a mesma solução que todo caso que dispertaria burburinho daria: ao invés de críticas quanto a mutilação da menina (crime federal nos EUA) ou a poligamia, colocaram o suspeito como um homem que testemunhou um assassinato e, para pegar um assassino maior, colocam seus crimes em um lugar sem importância.
A desconfiança é que a menina teria sido morta por este mesmo homem, de maneira a intimidar a testemunha. Mesmo com a família sob a proteção da SVU ela continua sendo ameaçada. Stabler fica indignado com a mutilação, Benson com a poligamia, mas os dois parecem assumir tudo realmente como normal para fazer seu trabalho, sem conflitos psicológicos que durem mais que cinco minutos.
Ao final, lá vem a surpresa da noite: a menina foi morta pela segunda esposa, a advogada americana perfeitinha que defendia seu marido. Motivo? O mais antigo de todos: o ciúme (dinheiro não existia por todo sempre). Desfecho? Ela presa, ele testemunha, o assassino é preso e as questões que poderiam ter, realmente, gerado história, vão para debaixo do tapete.
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