É extremamente prazeroso quando vemos um ator que gostamos passear pela tela, isso acontece quando ele domina seu personagem e suas falas de tal maneira que você simplesmente esquece que ele tenha feito qualquer outro personagem antes.
Em Boston Legal você tem a sorte de ver issso acontecendo com cada um dos personagens fixos da série. E isso parece contagiar os convidados, que também dão um show. Ver Tom Selleck como Ivan Tiggs é sempre sensacional, mesmo quando sua história com Shirley já tenha cansado um pouco, e essa garota que fez sua esposa Missy Tiggs é tão… tão doce que enjoa, mas mesmo assim você curte, você curte porque é patético uma moça que vive sua vida como se ela fosse um musical dos anos 50, mas também é muito romântico e é graciosa tanta inocência, por mais absurda que seja.
Ivan Tiggs aparece novamente nas salas de Crane Poole e Schimidt querendo uma maneira de burlar o acordo pós-nupcial inventado por Shirley quando ela descobriu que ele estava enganando a ela e a esposa. Como ela se nega a ajudá-lo ele resolve levar tudo ao tribunal, para anulação, e seu advogado de defesa nada mais é do que Alan Shore!
Ivan Tiggs: Eu contei minha história ao Alan. Ele concordou em me representar.
Shirley: Isso é ridículo!
Alan: Eu sou um fã do ridículo!
Alan confessa, em uma cena interessante, para Shirley que o único motivo dele ter aceitado e que gosta de estar com ela em qualquer lugar, mesmo que seja enfrentando-a no tribunal. Ele aproveita e menciona que continua olhando para aquelas fotos que adquiriu na temporada passada, aquelas que mostram Shirley quando nova, bem, nua. Segundo ele, Shirley quando jovem era magnifica. E madura, é sublime. Um elogio a altura da elegância de Shirley, mas a idéia dos dois como casal não me conquistou. Shirley diz à Alan que, apenas com a permissão de Denny, os dois poderiam ter algo. É claro que Denny não vai dar essa permissão tão fácil quanto Alan esperava.
Jeffrey Cohos continua em sua missão quase impossível de inocentar o garoto acusado de matar uma juíza com quem tinha um caso, esposa de um juíz. O sistema penal inteirinho está contra ele, e essa perseguição está começando a irritá-lo, de verdade. O bom é que agora ele pode contar com a ajuda de Claire, além de Denise. Confesso que não gosto muito a situação em que sempre colocam Denise, meio que correndo atrás do prejuízo o tempo todo.
Mas, Thanks God, dessa vez eleJeffrey tem motivos para respirar: ele encontra um candidato real à assassino, o psicólogo do rapaz, que também foi psicólogo da vítima e de seu marido, e foi quem entregou a fita com o garoto falando que mataria a juíza ao marido, antes do assassinato realmente acontecer.
Denise e Claire tiram no Joken Po (alguém sabe se é assim que se escreve?) quem irá paquerar o moço em um bar. Claire sai em desvantagem, e sai mesmo, pois o cara é um completo lunático.
Denny consegue um acordo com sua quase-namorada-anã: ela retira o processo desde que ele empreste o escritório e sua pessoa para uma reunião de um processo que ela está liderando contra uma grande empresa do ramo de seguros médicos.
A atração de Denny pela pequena garota é irresistível. Ele fica encantado com a voracidade e força mostradas pela garota. As cenas juntos são muito, muito boas. Mas as situações em que ele fica desconfortável são melhores ainda. A última cena, quando ele e Alan dividem seu momento na sacada e ele começa a falar do que está sentindo pela mulher é sensacional . Ele fala dela de maneira sexual, quando Alan pergunta se ele teria vergonha dela ouvindo aquilo, ele:
Denny: Você não vai me dizer que…
Alan: Sim.
Denny: Não pode ser!
Sim, mais uma vez Denny não foi capaz de ver Bettanhy entre eles… Sim, mais uma vez, um ótimo encerramento.