NCIS: Hiatus (03×23 e 03×24)

NCIS

Outro dia mesmo eu disse que só faltava colocarem Gibbs em risco nesta temporada, todo resto já tinha sido feito. Pois a finale da terceira temporada colocou Gibbs em uma situação que não imaginávamos possível.

A primeira parte de Hiatus começa com Gibbs conversando com um homem dentro do barco, eles estão investigando um caso de ataque terrorista. De longe, o resto da equipe observa os acontecimentos dentro do barco.

A distância acaba impedindo que eles consigam salvar Gibbs da explosão que acontece. Pela primeira vez vemos o chefe da equipe do NCIS vulnerável, em uma maca, com seu rosto marcado pelas feridas.

A investigação da explosão ou de suas conseqüências acaba obscurecida pela preocupação de todos, inclusive nossa, com o destino de Gibbs. Pela primeira vez conhecemos, também, coisas sobre seu passado, que ninguém sabia.

Gibbs teve uma filha, Kate, com sua primeira esposa, Shannon, e, enquanto ele estava no Kuwait, ainda como fuzileiro naval, as duas acabam morrendo em um acidente de carro. O acidente, na realidade, foi um assassinato: Shannon testemunhou a morte de um fuzileiro. O acidente foi causado por um tiro no agente que a protegia, que dirigia o carro.

Gibbs recebe a notícia ainda no Kuwait, onde uma explosão acaba por deixá-lo em coma. Por uma coincidência sem tamanho, o mesmo médico que tratou dele no passado está tratando de Gibbs agora, e ele fica intrigado pela reação do fuzileiro ser a mesma: nenhum exame demonstra nada errado no cérebro, mas ele parece não querer acordar.

A equipe, sob o comando de um Dinozzo que é forçado a amadurecer, tenta montar o quebra-cabeça do caso, sem a ajuda de Gibbs.

Eu destacaria, na primeira parte da finale, a chegada de Jenny e de Abby ao hospital: a primeira é informada que não pode entrar na sala de trauma, e liga para Cond (Condolezza Rice). A segunda demonstra tão fortemente e lindamente sua preocupação com Gibbs que a enfermeira nem pensa duas vezes antes de liberar sua entrada.

Na sede do NCIS todos se dividem entre a preocupação e a investigação. Ziva parece tão fria, tão focada no resultado que acaba irritando a todos. O seu escudo não permite que ninguém veja o que ela realmente está sentindo. Até mesmo nós ficamos na dúvida sobre o que realmente se passa com a israelense.

Ducky também visita Gibbs no hospital e aproveita o coma do amigo para não ser interrompido ao contar suas histórias. Ao final do episódio somos surpreendidos por Gibbs acordando de seu coma… Sem se lembrar quem é Ducky.

A segunda parte é focada em entenderem o que realmente aconteceu naquele navio. Graças ao cuidado de Ducky ao realizar seus exames ele identifica que o contato de Gibbs no avião já estava morto quando a bomba explodiu. Então Gibbs, na realidade, conversou com outra pessoa no navio, a questão é com quem.

Sem a ajuda de Gibbs, que apagou de sua memória os últimos quinze anos de sua vida, a peça que falta para o quebra-cabeça deve vir do capitão do navio, que é interrogado por Ziva.

Jenny tenta de tudo para trazer a memória de Gibbs de volta e chama de volta do México seu antigo chefe, que desde sua aposentadoria nunca mais voltou aos Estados Unidos. Ele liderou a investigação da morte da esposa de Gibbs, permitindo que ele tivesse acesso ao arquivo do caso e pudesse se vingar do assassino, e foi quem fez com que Gibbs se tornasse um agente.

Gibbs se revolta ao saber do atentado de 11 de setembro e da segunda guerra no Iraque, ainda atrás de Bin Laden, o mesmo responsável pelo atentado que fez com que seu chefe se aposentasse e partisse para o México em 1992, após ele ter ingressado no NIS, posterior NCIS.

Vemos cenas do terrorista que conversou com Gibbs, quase causando sua morte, colocando explosivos no Cape Fort, barco americano que está viajando em direção do Gibraltar carregado de armamentos.

O relógio está contra todos e situações drásticas merecem atitudes drásticas: Ziva vai ao hospital e conversa com Gibbs. Os dois merecem um prêmio por sua atuação na cena. Gibbs vai se lembrando do que ele e Ziva passaram com Ary. O fato de Ziva ter matado o próprio irmão, salvando Gibbs da morte. Ele finalmente se lembra de tudo e finalmente podemos ter uma pequena idéia do que Ziva passou esse tempo todo, enquanto todos achavam que ela agia friamente.

Gibbs volta ao NCIS, o arrogante terrorista lhe contou o que aconteceria em Cape Fort, acreditando que ele não sobreviveria à explosão. Um nervoso Gibbs pede por providências, mas os que realmente mandam não estão dispostos á mostrar ao mundo que mais um ataque terrorista não pôde ser evitado, é melhor deixar que o barco explodiu por acidente no meio do mar e sacrificar a vida dos marinheiros.

A reação de Gibbs é esperada, mas, nem por isso, menos chocante. Ele finalmente entende porque seu chefe se aposentou no passado, por não ter sido ouvido, e entrega sua arma e seu distintivo para Dinozzo.

Diz para McGee que ele é um ótimo agente. Para Ziva ele diz estar devendo uma. Para Ducky ele pede uma carona. Para Abby um carinhoso abraço.

A cena final, com Gibbs chegando à casinha na praia do México é linda, é triste, é significativa, é emblemática. Por mais que a gente não queira a partida de Gibbs, não conseguimos criticá-lo, compreendemos o que ele sente.

O que virá agora? Não sei. Um novo NCIS? Só vamos descobrir na próxima semana. Quando a quarta temporada, encerrada nos Estados Unidos em junho passado, estrear por aqui. Em novo horário: 20:00h.

NCIS 3×24

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Foi muito legal, inclusive a cena que vc escolheu para ilustrar sua review. Mostra bem o clima final, melancólico mas cheio de significado. Todos compreendemos Gibbs e somos solidários a ele. Muito bom!
    E que coisa tremenda saber que quem manda nas coisas prefere sacrificar um navio e seus tripulantes a reconhecer que não puderam evitar outro ataque terrorista… O que importa é a imagem que se passa e não a verdade das coisas. Tá parecendo nosso triste caso do avião da Tam em Congonhas… vai sobrar a culpa para os pilotos…

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  2. Olga,
    O duro é saber que não está nada longe da realidade isso. Infelizmente deve ter um monte de coisas que são escondidas, disfarçadas, inventadas e que nunca saberemos.
    Beijos
    SI

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