Review: Criminal Minds – Fear And Loathing

O grande problema de um seriado que tem episódios sensacionais, que empolgam mais que muitos filmes da atualidade e que tem uma produção caprichada e primorosa é que, quando apresentam episódios apenas bons, eles não parecem o mesmo seriado.

Criminal Minds tem tido uma segunda temporada primorosa, com apenas um ou outro tropeço, mas depois de episódios como Revelations e No Way Out fica difícil se satisfazer com um episódio apenas bom, com um roteiro certinho, edição caprichada e atuação nos conformes como foi o episódio Fear and Loathing.

Vemos uma garota saindo pela janela de seu quarto, ela espera por alguém sentada em um banco de parque. Primeiro vemos a chegada de seu ex-namorado. Depois, enquanto eles discutem, um outro carro se aproxima. O rapaz segue até a janela do carro para confrontar o motorista e acaba levando um tiro. A garota corre pelo parque, ela conhece o assassino, mas ele acaba lhe alcançando.

Em Quantico Morgan e Prentiss tem uma conversinha sobre o fim de semana. Depois de se sentir desconfortável em falar pra Morgan de sua vida pessoal, Prentiss acaba contando um pouco de seus fracassos amorosos causados por frases infelizes. Os dois, divertidamente, descobrem que tem alguns interesses em comum.

Na sala de reunião a equipe discute a série de assassinatos de garotas negras no subúrbio de Nova Iorque. As três garotas, incluindo o assassinato que vimos, tem em comum o fato de serem novas, bonitas e boas garotas. Reid tem flashes dos acontecimentos de seu seqüestro e não participa da discussão.

Os crimes começam a ser usados por um reverendo local, Willians, como parte de uma campanha que atribui toda culpa ao ódio racial, o que faz com que o prefeito de Groton, onde um garoto negro acaba sendo surrado, pede a ajuda da equipe para resolver o caso.

Gideon cita Sócrates: “De nossos mais secretos desejos vem nosso mais mortal ódio.”

Discutindo o caso no avião a equipe chega a novas conclusões: Prentiss cita o fato de duas das vítimas terem traços de GHB (droga do estupro) em seu sangue, mas não foram violentadas. Reid tem um novo flashback e fala que a droga pode ter sido usada apenas para enfraquecer as vítimas.

Já na delegacia eles verificam uma carta ameaçadora recebida pela última vítima, apesar de ameaçar a vida de Sandra, Reid pôde perceber que uma adolescente nervosa foi a responsável. A polícia diz já ter entrevistado uma suspeita que foi descartada, Morgan voltam a interrogá-la, apesar dos protestos do delegado que tem certeza que ela não escreveu a carta, e descobrem que Sandra roubou o namorado da garota após ganhar um concurso de talentos. O fato de cantar bem é o único fato comum a todas as vítimas do desconhecido.

Avaliando o ultimo crime, Gideon e Hotch concluem que o rapaz apareceu de surpresa e acabou sendo morto por estar no lugar errado na hora errada.

Vemos Reid correndo para dentro de um banheiro. Ele verifica se a porta está bem trancada e começa a se encarar no espelho. Ele retira de sua pasta as drogas retiradas do bolso de Tobias. Ele está nervoso, treme e volta a ter flashbacks. Ao ouvir a voz de Hotch ele volta a si, coloca as drogas na bolsa e corre para fora do banheiro, que pergunta onde ele estava, mas não insiste.

Ao invés de falar onde estava Reid passa a Hotch o resultado do relatório do legista, que mostra que a garota foi esfaqueada já morta. Eles concluem que ele não conseguiu o que queria e, mais uma vez, a motivação sexual dos crimes fica aparente.

Vemos uma nova garota esperando no banco do parque. Um carro preto para próximo. Ela sobre no carro e agradece o fato dele passar para buscá-la. Em um estúdio de gravação vemos um homem ouvindo um CD onde, primeiro, uma garota canta e, depois, gritos são ouvidos.

A todo o momento vemos Reid sendo atormentado por seus flashbacks. É engraçado que, em meio a tantos estudiosos do comportamento humano, ninguém perceba a tão nítida mudança do comportamento de Reid: distante, pouco fala ou participa.

Investigando pela vizinhança Morgan e o delegado, negro, conversam sobre aspectos do preconceito de cor. Eles encontram um carro suspeito, mas o delegado, enquanto verifica onde estaria o suspeito, acaba levando um tiro de um dos moradores e morre. Morgan fica bastante afetado.

Uma outra garota desaparece. Uma testemunha confirma que ela foi abordada por um homem negro que se apresentou como o executivo de uma gravadora. Ela conta que o cartão deixado só tinha seu nome e telefone, o que parecia falso. Ela ainda conta que o reconheceu como um rapaz que tocava na banda da escola e que, como Garcia veio a descobrir, hoje trabalha em um estúdio de gravação na região.

A equipe começa sua corrida contra o relógio na tentativa de encontrar a garota ainda viva. No estúdio vemos Allie cantando enquanto Wakeland, nome do desconhecido, flerta com ela. Ele lhe dá uma garrafa de água enquanto elogia sua voz. Ela começa a se sentir mal, ele parte para o ataque, mas ela ainda consegue se defender e foge do estúdio.

Morgan e Hotch chegam ao estúdio logo depois da fuga, mas encontra CDs com os nomes das garotas assassinadas. Na rua Allie pede ajuda a um policial, mas Wakeland aparece e se apresenta como seu tio, reclamando que a garota teria tomado drogas. Quando o policial está ponto de deixá-los ir a equipe encosta com seus carros.

No funeral do delegado assassinado, Prentiss pergunta a Morgan se está tudo bem e ele compara a situação dos filhos do delegado à sua própria sem pai, falando sobre como isso é difícil.

No avião, Morgan conversa com Reid, depois de brincar com Prentiss que irá ler o livro favorito de Morgan, Mother Night, finalmente Reid fala um pouco sobre como se sente, sobre as dúvidas sobre ainda poder fazer seu trabalho, de como se sentiu afetado ao ver as fotos das cenas dos crimes, como não acontecia antes: “Pela primeira vez eu sei. Eu olhei para elas e eu sabia o que elas estavam pensando e sei o que elas sentiram naquele momento.” Morgan o aconselha a usar isso a seu favor, a ser um melhor “profiler” e uma pessoa melhor.

Reid parece interessado em ser uma pessoa melhor.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta