Se você está se programando pra ver Creed III, estreia desta semana nos cinemas, imagino que faça parte de um desses dois grupos: ou já é fã da franquia, viu tudo e está ansioso por mais, ou é novato na saga e busca por entretenimento de qualidade ao se aventurar pelo universo Rocky/Creed.
E seja qual for o seu perfil, vai que é sucesso. Vou te contar os principais motivos:
Se você é fã, assim como eu, viu desde o Rocky: Um Lutador (1976) e não consegue ouvir o nome Adrian sem imitar o Rocky gritando “Adriaaaaan”, certo? Pois fique tranquilo, Creed III entrega todos os fanservices que se espera: a jornada do herói, os dramas familiares, o treino aguerrido e o desfecho cheio de valores morais. Pode comprar seu ingresso e ir sem medo!
Se você não conhece a série Creed, vou te contar um pouco mais. Já adianto que não precisa se preocupar em maratonar todos os outros 8 filmes para entender este lançamento, porque está tudo bem amarradinho e dá pra curtir as quase duas horas no cinema sem perder nada. Claro que, a partir daí, nada impede de você querer depois ir atrás dos demais da saga, para mergulhar de vez nesse universo.
Creed III, com seu título auto-explicativo, é a terceira parte da série Creed e o nono filme da franquia Rocky. É a estreia de Michael B. Jordan como diretor, e o traz novamente no papel de Adonis Creed, filho do falecido Apollo Creed.
Assim como vimos em Creed II, o legado continua vivo. Em Creed III, encontramos Adonis aposentado dos ringues, curtindo sua família, morando numa bela casa em Los Angeles e estrelando campanhas publicitárias. Diante desse cenário, é fácil pensar “o que vai dar errado nessa vida perfeita para a gente ter todo o drama e as ótimas cenas de lutas de boxe que fazem parte deste universo?”.
E aí é que entra o passado. Voltando no tempo, vamos conhecer Adonis Creed com 15 anos, nesta fase interpretado por Thaddeus J. Mixson, acompanhado de seu amigo “Diamond” Damian Anderson, interpretado por Spence Moore II na versão 18 anos e pelo promissor Jonathan Majors na fase adulta. A amizade dos garotos é interrompida em uma noite onde um incidente separa de maneira definitiva a trajetória dos dois.
Então, após quase duas décadas sem contato, eles se reencontram. E é desse reencontro, repleto de expectativas e algumas mágoas, que temos a trama de Creed III, com tudo que compõe um filme com aura da saga Rocky/Creed.
Falando em aura… Importante contar que nem tudo são ou foram flores nesse ringue. Apesar de estar creditado como produtor, Sylvester Stallone, idealizador e responsável por Rocky, afirmou em entrevista ao The Hollywood Reporter que este não é um filme seu. Além disso, citou o produtor Irwin Winkler no projeto desde o primeiro Rocky, como responsável pelo seu afastamento da franquia e criticou alguns spin-offs que estão derivando do legado do lutador, mais especificamente Drago, que contará a história de Ivan Drago, personagem icônico em Rocky IV.
Climão? Pode até ser, mas divergências à parte, nada disso tira o mérito do novo filme, que respeita e engrandece ainda mais o legado de Rocky Balboa.
No elenco, além dos talentos já mencionados, vale destacar o treinador Tony ‘Little Duke’ vivido por Wood Harris (que reconheci da série Lakers: Hora de Vencer (2022)) e a sempre brilhante Tessa Thompson, vivendo mais uma vez Bianca Creed, agora acompanhada de Mila Davis-Kent, que interpreta Amara Creed, a filha do casal.
Entregando tudo o que promete e mais um pouco, te garanto que Creed III é um excelente entretenimento. O filme deve agradar quem já é fã e quem ainda não conhece: não precisa nem escolher um lado nesse ringue.
Com direção de Michael B. Jordan a partir do roteiro de Keenan Coogler, produção de Michael B. Jordan e Sylvester Stallone, Creed III estreia em 02 de março nos cinemas brasileiros. O filme tem distribuição na América do Norte pela MGM, e internacional pela Warner Pictures.
