Cinema: M3GAN

Quem gosta de filmes de terror/suspense sabe que existem inúmeros subgêneros neste nicho, sendo os filmes da produtora americana Blumhouse Productions quase que uma vertente à parte. Famosa por seus filmes de baixo orçamento e grande apelo pop, como A Morte Te Dá Parabéns, Atividade Paranormal, Sobrenatural, O Telefone Preto e muitos outros, a empresa de Jason Blum vem deixando sua marca na indústria cinematográfica e hoje escreve mais um capítulo com o lançamento de mais um título que honra o DNA da produtora.

Estamos falando de M3GAN, mais um filme da Blumhouse que chega com muito hype para contar a história de uma boneca projetada para ser um brinquedo infantil, mas capaz de ser muito mais letal que isso.

Antes mesmo do lançamento, o filme teve cenas divulgadas que rapidamente se tornaram virais. A impressão que se tinha é que a Blumhouse vinha para dar exatamente o que o público jovem quer: algo divertido, um pouco assustador, com um toque pop e beirando o constrangedor.

E foi isso mesmo. Com pouco mais de 100 minutos de duração, M3GAN é diversão pura para quem ama filmes de terror e não tem nenhuma pretensão de se levar à sério. Mistura de Chucky com Robocop, o filme atualiza o gênero trazendo tantas camadas de referência pop e debate social sobre o mau uso da tecnologia (e tanto humor involuntário ao tratar desses temas de um jeito debochado) que não existe outra alternativa senão terminar de assistir ao filme em mais completa devoção pela boneca sociopata.

Ao lado dela, é claro, as demais protagonistas também se destacam. Ótima em tudo que se propõe, Allison Williams, que depois de Girls parece vir se firmando no filmes de terror, é Gemma, a especialista em robótica que desenvolve M3GAN e a oferece como um presente para sua sobrinha Cady, interpretada pela pequena sempre brilhante Violet McGraw, de A Maldição da Residência Hill, uma menina de 8 anos que passou por uma tragédia recente e projeta em M3GAN todo o apoio e atenção de que precisa.

Um robô cuja inteligência artificial faz com que evolua em suas funções quanto mais é posta em uso, M3GAN interage com Gemma e com Cady em um jogo de manipulação onde aos poucos vai testando seus limites e criando personalidade própria. Uma personalidade que pode ser assustadora, mas também até um tanto cafona e hilária, descontados os sustos.

Assim, M3GAN dá tudo o que o seu público quer e muito mais, garantindo entretenimento e grandes momentos de acelerar o coração. Prepare-se para sair do cinema pensativo sobre sua relação com a tecnologia – e , ah, cantarolando Titanium, da Rihanna, também.

Com produção de Jason Blum e James Wan e direção de Gerard Johnstone a partir de um roteiro de Akela Cooper, baseado em uma história de Akela Cooper e James Wan, a Universal Pictures e Blumhouse Productions apresentam M3GAN. O filme chega com exclusividade aos cinemas brasileiros em 19 de janeiro.

Escrito por Tati Lopatiuk

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Gosta de romances em seriados, filmes, livros e na vida. Suas séries favoritas são Girls, The Office e Breaking Bad. Pois é.

Seus livros estão na Amazon e seus textos estão no blog.

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