CINEMA: ALMA VIVA

Como todos os verões, a pequena Salomé regressa a uma aldeia familiar nas montanhas para ficar com sua família materna. De repente, uma perda inesperada coloca sua família em conflito e, enquanto os adultos brigam, a garota é assombrada pela sensação de que está se tornando uma bruxa.

Exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes, Alma Viva chega na 46ª Mostra Internacional para integrar a categoria de Novos Diretores.

Com produção dividida entre Portugal, França e Bélgica, o filme de Cristèle Alves Meira traz um retrato delicado da infância, onde navegamos pela história por meio do olhar da protagonista Salomé, que reage como pode às perdas e conflitos ao seu redor.

Extremamente cru ao retratar dramas familiares tão mundanos quanto dolorosos, Alma Viva cativa pela honestidade com que nos coloca no meio deste conflito. Assim, por vezes nos vemos rindo quando não pode e indo às lágrimas quando, como adultos, deveríamos ser fortes.

É um filme muito delicado, precioso mesmo, um grande trunfo de Alves Meira que poderia ser apenas simplório não fosse a interpretação irretocável da novata Lua Michel, a Salomé. É ela quem carrega a história consigo e nos cativa de imediato, nos levando junto nessa “questão de família” impossível de não se envolver.

Alma Viva integra a 46ª Mostra de Cinema. Saiba mais sobre sessões de exibição deste e dos demais títulos disponíveis acessando o site oficial.

Escrito por Tati Lopatiuk

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Gosta de romances em seriados, filmes, livros e na vida. Suas séries favoritas são Girls, The Office e Breaking Bad. Pois é.

Seus livros estão na Amazon e seus textos estão no blog.

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