Após alguns anos de edições exclusivamente virtuais ou híbridas por conta do cenário pandêmico, em 2022 podemos comemorar a volta da Mostra Internacional de Cinema em seu formato clássico majoritariamente presencial. No ano em que chega à sua 46ª edição, a Mostra ressurge com força total, renovada por novas parcerias e com muitas novidades.
Como anunciado pela diretora do evento, Renata de Almeida, em coletiva de imprensa no dia 08 último, a 46ª Mostra Internacional de Cinema vai apresentar 223 títulos, oriundos de 60 países. Distribuídos entre as seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores e Mostra Brasil, os títulos terão exibição em circuito de salas de cinemas e espaços abertos da cidade de São Paulo. Além disso, as plataformas Sesc Digital e Spcine Play, vão dar acesso gratuito a 10 e sete títulos, respectivamente, selecionados pela curadoria do evento.
Triângulo da Tristeza (Triangle of Sadness), de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, abre a 46ª Mostra na quarta-feira, dia 19, na Cinemateca Brasileira, em sessão para convidados. Outras sessões do filme serão programadas no evento.

Além dele, Bardo – Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro Iñarritu, Nada de Novo no Front (All Quiet in The Western Front), de Edward Berger, Sem Ursos(No Bears), de Jafar Panahi, Conto de Fadas (Fairtyle), de Alexander Sokurov, Pacifiction, de Albert Serra, One Fine Morning, de Mia Hansen Løve, Os Anos Super 8, de David Ernaux-Briot e Arnnie Earnaux (ganhadora do Nobel de Literatura), e as séries The Kingdom Exodus, de Lars Von Trier (dois episódios) e Noite Exterior (Esterno Notte), de Marco Bellocchio, estão entre os títulos confirmados para esta edição.
A seleção de títulos também traz 13 obras já indicadas por seus respectivos países para concorrer a uma vaga ao Oscar de Melhor Filme Internacional: da Costa Rica, Domingo e a Neblina (Domingo y la Niebla), de Ariel Escalante; da Alemanha, Nada De Novo No Front (Im Westen nichts Neues), de Edward Berger; da Islândia, Belas Criaturas (Berdreymi), Guðmundur Arnar Guðmundsson; do Irã, Terceira Guerra Mundial (Jang-e jah?ni-e sevvom), de Houman Seyyedi; do Japão, Plano 75, da diretora Chie Hayakawa; da Lituânia, Peregrinos (Piligrimai), de Laurynas Bareiša; do Paquistão, Joyland, de Saim Sadiq; da Palestina, Febre do Mediterrâneo (Mediterranean Fever), de Maha Haj; de Portugal Alma Viva, de Cristèle Alves Meira; da Espanha, Alcarràs, de Carla Simón; da Suécia, Boy from Heaven, de Tarik Saleh; da Suíça, Um Pedaço do Céu (Drii Winter), de Michael Koch; e, pelo México, Bardo — Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu.
A 46ª Mostra faz homenagem a Jean-Luc Godard, morto recentemente, com a Apresentação Especial do documentário Até Sexta, Robinson (A Vendredi, Robinson), de Mitra Farahani, que condensa um diálogo de 29 semanas entre o diretor franco-suíço e o cineasta e escritor iraniano Ebrahim Golestam.
Para esta edição, temos também o retorno da Central da Mostra, com seu balcão de informações no Conjunto Nacional, que funcionará também para venda de produtos ligados ao evento, como cartazes, bolsas, camisetas, canecas, de 15 a 19 de outubro, das 12h às 18h. Já de 20 outubro a 02 de novembro, a Central funcionará de segunda à sábado das 11h às 21h e, aos domingos, das 11h às 20h.
A 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontece de 20 de outubro a 02 de novembro.