Livro: Matéria Escura (para os fãs de DARK)

Não comecei DARK, série da Netflix que tem sido escolhida como uma das melhores de suas produções, logo em sua estreia. A bem da verdade só fui neste agora, pouco antes da estreia da terceira e última temporada, que me animei a assistir tudo – com todo mundo falando o quão complicada era a trama, achei que seria bom assistir as três temporadas na sequência.

Gostei muito mesmo da série, apesar de achar que os roteiristas meio que se perderam no meio das próprias invenções (o que justifica bem aqueles calendários instrutivos na última temporada), e não achei tudo tão complicado assim. Será que a estratégica de assistir a tudo de uma vez funcionou?

Talvez tenha sido a preparação prévia, já que adoro livros, filmes e séries que envolvem viagens no tempo.

E, enquanto assistia à temporada final da série, pensei muito em uma das minhas últimas leituras de 2019: Matéria Escura, de Blake Crouch.

Escolhido como um dos melhores livros de ficção científica de 2016, suas história começa quando Jason Dessen, físico, professor universitário que leva uma vida comum com sua esposa e filho até o momento em que é sequestrado por um estranho, levado a uma usina abandonada e deixado inconsciente.

”Você é feliz com a vida que tem?

Estas são as últimas palavras que ouve antes de acordar num laboratório, preso a uma maca, onde um estranho lhe sorri e lhe deseja boas vindas.

Levará algum tempo para que Jason perceber que está em um novo mundo , onde ele, sua diferente versão, leva uma vida totalmente diferente. Aqui ele não é casado, tem filho ou é professor. Ao invés disso ele é um gênio da física quântica que conseguiu um feito inimaginável. Algo impossível.

Na dúvida se está louco, Jason tentará juntar os pedaços do que conhece na tentativa de voltar para sua vida, seu mundo, sua esposa. Entre tentativas e erros, ele toma decisões que criam novas dificuldades.

Estamos falando de estudos da física que dizem que, a cada vez que tomamos uma decisão, uma nova linha espaço-tempo é criada, um novo eu surge em algum outro lugar e então cria uma nova vida.

O livro é frenético, foge de discussões filosóficas ou religiosas para abordar algo mais profundo: o que define quem realmente somos? Como decidir qual a melhor versão de nós para quem amamos? Qual o tamanho da decisão que muda de forma definitiva quem éramos até ali?

Um livro surpreendente, inteligente, daqueles que não temos vontade de largar até descobrir qual é o final da história.

Super recomendado para quem acompanhou a história de Jonas e Martha na tela.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Oi, Simone! Também resolvi assistir Dark em sequência. Facilita entender as idas e vindas no tempo. Vou ler o livro!

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    1. O pessoal falava tanto que eu estava pronta para ter de fazer anotações, mas no final das contas deu bem certo. Gostei muito da série e do desfecho, acho uma pena que eles não tenham sido mais felizes em dividir a história, tendo de correr tanto na última temporada.

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  2. Eu fiz anotações, hahaha, principalmente na primeira temporada. Era o único jeito de eu decorar os personagens e as famílias. Acho que me ajudaram. Gostei muito da série e gostei do final (e vi tudo de uma vez também). Sobre o livro, li rapidinho e gostei muito também, fico pensando se serviu de inspiração para a série… Achei ótimo ele não perder muito tempo em explicações científicas, focando no drama em vez disso.

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