Uma aventura diferente, inteligente e divertida. Não consigo imaginar três melhores adjetivos para Homem-Aranha: No Aranhaverso, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, dia 10 de janeiro, logo após faturar a improvável estatueta de melhor animação nos Golden Globes.
E falo improvável não pela qualidade do filme, eu na verdade torcia loucamente para que ele ganhasse, mas porque após um ano recheado de filmes com super-heróis e concorrendo com a Pixar e com um projeto de Wes Anderson, ele era praticamente um azarão entre os indicados e acabou surpreendendo.
Claro que entre os brasileiros isso deve ter acontecido em dobro, já que não tiveram a oportunidade de assisti-lo no ano passado.
Sua primeira qualidade é o visual realmente com cara de quadrinhos: cores marcantes, paisagens estilizadas, bastante distante do realismo que a computação gráfica trouxe nos últimos anos.
Mas é sua história sua melhor parte: uma história de amadurecimento emocional que não soa piegas, mas relevante e inspiradora.
Mais, ela foge bastante da já mil vezes vista “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” de quase todo filme de origem do Homem-Aranha.
O filme é rápido e cheio de personagens – se contarmos apenas as versões do super-herói temos Miles Morales (Shameik Moore), um garoto lidando com a adolescência e um tanto frustrado porque seu pai policial (Brian Tyree Henry) acha que sua arte em grafite é vandalismo, um Peter Parker barrigudo (Jake Johnson), o Homem-Aranha em preto e braco (Nicolas Cage), um Porco-aranha (Spider Ham, John Mulaney) e a ótima Spider-Gwen (Hailee Steinfeld) -, mas em nenhum momento fica confuso ou discursivo. Pouco tempo é gasto nas apresentações, afinal a maior parte dos personagens é conhecida do público, mas elas funcionam e você estará torcendo pela improvável equipe em poucos minutos, um roteiro “super” eficiente que aproveita para trocar falação por referências ricas, o que torna tudo mais divertido.
O enredo: Peter Parker (Chris Pine, acho que no nosso universo) está tentando impedir que Kingpin (Liev Schreiber) use um enorme colisor de partículas e acabe destruindo o mundo. Não somente o herói morre no processo, como o acionamento do colisor acaba por abrir uma passagem entre diferentes dimensões, permitindo que o jovem Miles Morales presencie tudo e acabe ficando com a missão de destruir a enorme máquina.
Sorte que ele não precisará fazer isso sozinho, se unindo às mais diferentes versões de homem-aranha… Quer dizer, será sorte quando eles conseguirem se entender, claro. Sem esquecer que cada um deles precisa da máquina para voltar à sua própria dimensão.
Phil Lord e Christopher Miller, as mentes criativas por trás de Lego – O Filme e Anjos da Lei, juntam seus talentos para criar uma visão única dessa nova versão do universo do Homem-Aranha, com um estilo visual inovador que é pioneiro para o gênero. Homem-Aranha: no Aranhaverso apresenta a história do adolescente do Brooklyn, Miles Morales, e as infinitas possibilidades do Aranhaverso, onde mais de um pode usar a máscara. Nos cinemas a partir desta quinta-feira, dia 10 de janeiro.
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E o Aranhaverso chegou também ao Bairro do Limão: Cascão e Jeremias estrelam Aranhinhas do Universo vídeo da Turma da Mônica Toy em que até a Mônica foi contaminada por uma aranha radioativa. O crossover deu tão certo que virou promoção: quem fizer parte do Cinemark Mania e apresentar seu cartão o CPF no momento da compra do ingresso para o filme ganhará um poster exclusivo Mônica Toy.
A promoção é válida de 10 de janeiro até 23 de janeiro de 2019, ou enquanto durarem os estoques.