Doctor Who: The Woman Who Fell To Earth (11×01)

É com felicidade enorme que eu digo: The Doctor is back and the doctor is a woman. 

Se as expectativas eram muitas e altas, eu garanto a quem não viu ainda o primeiro episódios da nova temporada de Doctor Who que elas foram plenamente atendidas. Um episódio delicioso, ágil, engraçado, divertido, com pitadas de ternura. Jodie Whitaker recebe a chave da Tardis e nos entrega uma doutora deliciosa – sim, com várias semelhanças com o doutor de David Tennant, mas ao mesmo tempo única.

No episódio de Natal – sobre o qual eu nunca vim aqui falar, apesar de estar na minha lista de afazeres desde então – Capaldi se despediu do papel com um lindo discurso, no qual dava conselhos a seu sucessor, pedindo poe gentileza e bondade, sem esquecer do “corra rápido”.

Aqui a história se iniciar com um rapaz de 19 anos gravando um vídeo para o YouTube. Ele conta sobre não saber andar de bicicleta e sobre sua avó e Graham (a quem ele se recusa a chamar de avô) tentando ensiná-lo, sem sucesso. Num momento de raiva ele atira a bicicleta longe e acaba por desencadear uma sequência que trará um nojento extraterrestre para a Terra, e seu animalzinho-máquina de estimação, uma perseguição sensacional em guindastes enormes e uma alienígena de dois corações.

E o título do episódio não mentiu: ela caiu dos céus. De forma totalmente não planejada, não esperada e ainda no meio do processo de regeneração. Só que, como ela é mulher, nada de ficar deitada reclamando, ela parte para a ação, constrói a própria chave sônica, usa um celular comum para rastrear o caçador de humanos, pula de um guindaste para outro e salva o dia (sorry, não resisti).

Eu não sei vocês, mas eu estou completamente apaixonada pela nova temporada: Jodie, perfeita; os novos três amigos/parceiros/equipe, adoráveis e diferentes;  o uso de câmera, com menos uso do CGI, ficou lindo; o alienígena caçador, horrível e nojento; os diálogos, sarcásticos e inteligentes. Não sei, vou até assistir de novo esta semana para ver se não me enganei (dúvido).

Até mesmo o fato do caçador de humanos e sua nave serem um “tanto toscos” soou perfeito para mim. Fãs de longa data sabem que durante muito tempo o orçamento da série foi pequeno e a produção fazia o que dava, então esses detalhes trouxeram seu tanto de nostalgia.

De tudo, no entanto, o que realmente ficou para mim foi a presença de Jodie Whittaker. Ela tem uma energia inescapável. É espontânea, indisciplinada, peculiar, ao mesmo tempo tão familiar e nova.

E sim, os três amigos funcionaram bem, por serem tão diferentes entre si e ao mesmo tempo tão complementares: a Yasmin Khan, Yaz, de Mandip Gill tem um desejo de ser mais, de fazer mais, que casa bem com a necessidade de descobrir coisas pelo caminho; já Ryan Sinclair (Tosin Cole) é o personagem mais vulnerável, algo interessante, diferente da mocinha em perigo de sempre. E o Graham O’Brien de Bradley Walsh seria a voz da experiência… Quer dizer, acho eu, já que o personagem ainda não se mostrou completamente, aqui sendo mais o parceiro da avó de Ryan, Grace, do que qualquer outra coisa.

Ah, como disse um rapaz no cinema: a Grace foi coisa do Moffat, não foi não?

Só senti muita, MUITA, falta da Tardis. Diga-se de passagem: alguém viu aquele final vindo? Ansiosa pelo próximo episódio!

P.S. Assisti ao episódio ontem no Cinemark à convite da BBC Studios e como é bom assistir Doctor Who em uma telona enorme! Além do episódio assistimos a uma série de especiais sobre a produção, falando desde a escolha de Jodie e seus companheiros, a escolha de sua roupa (gente, o quanto eu quero aquele brinco?), o novo diretor, o novo produtor, como as cenas nos guindastes foram feitas. Tudo muito legal. Para quem tiver curiosidade eles estão disponíveis no site da BBC (infelizmente sem legendas).

P.S. do P.S. As piadas! Como eu adorei todas elas!

P.S. do P.S. do P.S. O que mudou, mudou para a melhor, devo dizer.

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. O pessoal do Doctor Who Brasil fez alguns sorteios na sessão e eu acabei voltando com uma Jodiezinha para casa. Não poderia estar mais feliz (ela vai aparecer muito no meu Instagram).

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Agora entendi as duas horas de Doctor Who !

    Também adorei o brinco !!!

    Fiquei muito admirada e feliz da campanha que a Crackle ofereceu, permitiu assistir ao último episódio do Capaldi e esse começo maravilhoso da nossa doutora, ótimo marketing !!!

    Eu sou destas que morrem de saudades dos antigos doctors, e nunca vai mudar em mim, mas também eu sempre abraço a chegada dos novos com o coração feliz !

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