Bull: How to Dodge a Bullet (1×21)

Eu gostei bastante da J.P. Nunnelly de Eliza Dushku. Ainda que ela padeça do mesmo problema das outras candidatas a ser a “bondgirl” de Bull: unidimensionais, perfeitas, imbatíveis, irresistiveis, insuportáveis. Brincadeirinha no último item. Mas, sério, eu gostaria de mulheres mais interessantes, não consigo comprar esse pacote que os roteiristas tentam nos vender…

Mas, como eu disse, gostei de J.P. Nunnelly, uma “fixer” bem mais agradável que nossa antiga conhecida Olivia Pope. Aqui entre nós alguém com essa profissão não tem como não ser interessante: sua forma de trabalhar, os contatos que tem, as trocas de favores que faz (em um clima um tanto Poderoso Chefão).

E sua presença foi plenamente justificável já que Bull e Benny realmente estavam aterrorizados pela perspectiva do segundo passar dez anos na cadeia – na verdade a perspectiva de cadeia fez Benny baixar a bola dos últimos episódios, algo que recebi muito bem. Fiquei feliz deles não terem simplesmente mostrado Bull como o super homem resolvendo tudo com seu charme: de vez em quando todos precisam de alguma ajuda.

A promotoria usando Benny como bode expiatório, evitando assim toneladas de processos de outros condenados era algo previsível. Assim como a culpa do velho policial. Sério, desde a conversa no restaurante eu tinha a certeza absoluta de que ele havia plantado a tal lente de contato na cena do crime e a culpa dele só ficou mais evidente quando ele tentou convencer Benny a aceitar o acordo.

Mas isso de forma alguma tirou o brilho dos minutos finais do julgamento, quando ele finalmente assumiu o que fez. Na verdade eu até achei que eles podiam não resolver no próprio episódio, não fosse isso significar Benny na cadeia.

Ao final acho que fizeram tudo bem direitinho. Na, o episódio foi realmente ótimo!

P.S. E J.P. volta em pelo menos mais três episódios na próxima temporada!!!

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Cara Simone, eu não assisto a esta série, mas o meu comentário é sobre a quela parte em que você deixa claro “…eu não consigo comprar este pacote que os roteiristas tentam nos vender…”, em relação a certos clichês, que povoam todas ou maioria das séries de TV.

    Por exemplo, uma coisa que me chamou a atenção, nos últimos dias foi o seguinte: você já notou que os heróis de séries policiais tem sempre problemas para manter os seus casamentos, namoros e relacionamentos com os filhos? Volta e meia, tem alguma esposa sendo assassinada ou a personagem já nasce morta, destruída por alguma psicopata. Outra situação: os chefes de polícia ou agentes acabam se divorciando ou interesses românticos tornam-se efêmeros. Nesta brincadeira, muitas vezes, personagens femininas interessantes são sacrificadas, friamente, e boas atrizes saem precocemente do programa. E, afinal de contas, um policial não pode amar e ter uma companheira para aliviar a tensão do dia-a-dia, ao chegar em casa? É preciso ser um eunuco para ser policial?

    Para mim, um incrível rompante de criatividade, quebra de clichês e renovação televisiva seria os roteiristas investirem pesado e inteligentemente na construção da pessoal destes personagens. Muitos fãs exigem que se mostre a vida privada dos seus grandes heróis e as cabeças pensantes das séries de TV só oferecem tragédias e sofrimento. Esta nova visão seria, sim, uma grande surpresa, no desenrolar da trama.

    Eu até prefiro que não se mostre nada, como ocorria em Law & Order Criminal Intent, até onde eu sei. Nesta série, o foco era completo na solução dos crimes. Ótima série, por sinal.

    Beijos, Gaby.

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