Rosewood: Naegleria & Neighborhood Watch (2×19)

Fico imaginando que para nenhum policial seja muito fácil conviver com um justiceiro. Pense: você está tentando fazer o seu melhor trabalho, respeitando todas as regras, a despeito das muitas limitações que tem – dinheiro, estrutura, tempo – e chega um cara que não dá satisfação para ninguém e todos começam a tratá-lo como herói.

Cheguei a desconfiar que o herói fosse o repórter que sempre estava no lugar certo após o justiceiro pegar mais alguém – eu sei, influência das histórias em quadrinhos -, o que foi descartado quando começaram a falar do campo de “tratamento” dos veteranos de guerra. Juntar que quem eles tinham na mesa do laboratório era na verdade o próprio vigilante não demorou muito.

Faltava apenas a motivação do crime e, ainda que eu tenha desconfiado do dono do campo, eu achei o motivo no final um tanto torto: não dava para ele culpar o amigo pela morte da noiva. Mais: o amigo estava honrando o desejo dela de ajudar o pessoal do bairro de que ela veio, ao invés de matar Dax ele poderia tê-lo ajudado (ainda que eu ache toda essa ideia de justiceiro um tanto complicada).

No final o caso envolvendo veteranos serviu para aproximar Marco de Villa (adorei quando Rosie diz que é #timevilla, não escolhendo nenhum dos lados), mas vamos combinar que é bem estranho esse negócio de carregar um civil pela investigação. Acho que as vezes as coisas são informais DEMAIS em Miami.

Gente, ainda estou completamente descrente com o fim deste episódio. Não quero acreditar que os roteiristas friamente planejaram que eu ia admirar Slade, que ele faria parte da família para nos tirar o cara desta forma. Estou naquela fase de negação em que eu tenho que acreditar que no próximo episódio nos dirão que tudo não passou de um pesadelo.

Achei muito legal a Pippy cuidando do irmão, a forma como ao final o pai do Rosie encontrou uma forma de ajudar, como Hornstock se preparou para ficar ao lado do Slade depois da cirurgia (“That makes you family and there’s nothing I wouldn’t do for family.”), Rosie dando sua música da sorte para Slade ouvir durante a operação.

Então eu estava achando que tudo ficaria bem.

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Meu coração ficou angustiado com a cena final, difícil de acreditar depois de tanto esforço que o Slade empreendeu para tornar o transplante real … torcendo muito por ele !

    Justiceiro é uma questão bem complicada …. fiquei imaginando se Marcos irá para isso ?!

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