Doctor Who: Knock Knock (10×03)

Knock Knock, who’s there? ganha um novo significado com este episódio de Doctor Who que, para mim, não funcionou tão bem quanto os anteriores. Terá sido o excesso de expectativa? Eu sempre adoro episódios com suspense e a grande verdade é que a propaganda do episódio nos garantia que Bill e seus amigos enfrentariam uma casa e proprietário de arrepiar, um proprietário vivido por David Suchet, o que é excitante por si só, ainda mais se você adorava o ator na pele de Poirot como eu adorava.

Além da expectativa, aqui entre nós, tem o fato de Blink ter deixado a competição bem complicada…

Ainda mais porque o cenário dos episódios foi bastante parecido: uma antiga casa inglesa vazia. Desta vez a casa escolhida por Bill e seus amigos como nova morada. Ao que parece jovens ingleses não assistem filmes de terror e também são bem inocentes a ponto de aceitar numa boa o fato do aluguel ser bem barato, ainda que o proprietário cause arrepios e que a casa seja estranha. Eles inclusive nem leram o contrato que assinaram, perceberam?

O Doutor, por outro lado, já fica desconfiado de absolutamente tudo e resolve dar uma olhada mais cuidadosa nas coisas, ainda que Bill proteste bastante – e eu não entendi mesmo os protestos dela, principalmente porque todos os seus amigos ficaram encantados com o Doutor.

Com exceção do moço que sumiu logo de cara por causa do seu violino – eu tinha achado que ele só tinha sido o primeiro por estar sozinho no quarto – e nem teve tempo de conhece-lo.

E os barulhos da casa? Eu até entendo os demais não imaginarem o que poderia estar acontecendo, mas mesmo sendo apenas a terceira aventura da dupla, Bill poderia imaginar que aquelas coisas não eram normais. A parte do suspense até aí funcionou muito bem, a cada barulhinho eu ficava imaginando o que viria, até porque a esta altura você já podia imaginar que o problema era a casa.

Ou os “bichos” que formavam a casa – figurinha repetida não completa álbum e acabou ficando parecido demais com o que vimos em Smile – e que comiam os novos locatários a cada vinte anos.

A surpresa veio do porque de tudo. Da presença da mãe do proprietário e do fato de que aquelas criaturas a salvaram e por isso ele manteve a obrigação de alimentá-los. Uma situação perfeita para o Doutor resolver usando o que mais gosta: buscar a humanidade de alguém e o fazer refletir sobre o que tudo aquilo significa. Sorte que a mãe ouviria isso, já que eu duvido que ele conseguisse qualquer coisa com o filho dela.

E ela ainda devolveu os amigos da Bill – só não sei se eles continuarão sendo amigos dela depois disso. Aquele momento em que é impossível não pensar no fato de que, após conhecer o Doutor, sua vida muda de uma vez por todas.

Mistério resolvido, o Doutor pode voltar para casa – e ouvir Nardone lhe dizer que afinal ele não precisa ir para outros planetas ou tempos para encontrar monstros – e demonstra bastante carinho com o que está no cofre. Um novo indicativo de que estamos falando do Mestre, certo?

P.S. Se eu tivesse uma TARDIS para usar é bem provável que eu seria mais amigável a ideia de mudar de casa.

P.S. do P.S. Este episódio me fez pensar muito em Class, série derivada lançada no ano passado e que fala de adolescentes encarando extraterrestres na Terra. Preciso terminar a temporada.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Sempre uma boa opção assistir Doctor Who, ainda mais com David Suchet

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