Centrado em Mileva Maric, o segundo episódio de Genius tem um ritmo diferente do piloto, além de nos deixar apenas no passado, vendo que a aventura de Albert na faculdade em Zurique acabou sendo mais problemática do que o episódio anterior nos deixava antever, ao que parece o fato do físico ter dificuldade em não discutir o que os professores lhe diziam como verdade ainda causaram problemas por um bom tempo.
E vamos dizer que o relacionamento dele com Mileva não ajudou. Não conheço o bastante da história do físico, então não sei se existe alguma outra razão para que o professor que mais apoiava Albert ter se oposto de forma tão feroz ao relacionamento deste com a sérvia, questão é que este fez com que Albert ficasse sem nenhum aliado na faculdade e, não fosse sua inteligência, ele provavelmente não teria conseguido se formar.
Do outro lado é fácil entender a fascinação de Albert por Mileva: ainda que Marie fosse uma garota inteligente, ela não dividia com o namorado o interesse pela física e talvez fosse apenas doce demais para o temperamento arisco dele. Ela não o desafiava.
Mileva, por sua vez, teve uma vida bastante difícil, além do preconceito pelo fato de ser mulher ela enfrentava o preconceito por mancar (ela havia nascido com um defeito na perna que, na época, não podia ter sido corrigido) e, ao que parece, por ser sérvia. Vendo isso fica fácil entender porque ela tinha tanto medo do que sentia por Albert, que poderia fazer com que ela perdesse tudo pelo que lutou.
Ao final do episódio acabamos percebendo que os medos dela eram fundados: Mileva não somente fracassou em obter seu diploma como ainda retorna para a casa de seu pai grávida daquele que seria o primeiro dos três filhos que teve com Einstein.
P.S. A mudança de ritmo deste episódio para o anterior pode ser atribuída também à direção: enquanto o primeiro tem uma rapidez de cinema, dirigido por Ron Roward, este foi dirigido por Minkie Spiro, conhecido por Call the Midwife e Downton Abbey.