Chicago Justice: See Something (1×03)

Gente, três episódios – cinco se você contar os crossover antes de Chicago Justice estrear oficialmente – e eu já não suporto o procurador Mark Jefferies, ao que parece ele nunca consegue encontrar um motivo realmente bom para pressionar sua equipe, mais preocupado com política e aparências do que com justiça. Bate uma saudade enorme de Adam Schiff e Jack McCoy em Law&Order.

Do outro lado, See Something nos dá a esperança de que a série seja apenas um adendo, um puxadinho. Não somente o caso em questão era bem interessante como Stone teve oportunidade de mostrar que é mais que um rosto sem expressão.

Tudo bem, a gente sabe que a coisa começou um tanto furada, e eu culpo o Jefferies por isso, com a equipe levando a julgamento um réu tendo apenas provas circunstanciais e uma briga no passado. A coisa era tão tosca que eles tiveram que se esforçar bastante para descobrir a namorada muçulmana do rapaz, seu álibi. E mesmo com o vídeo em mãos o Jefferies ainda queria ir adiante. Alguém me explica como um inútil desse ainda está no cargo?

Bom, sem seu principal, único, suspeito, restou aos detetives da procuradoria encontrar outro, fazendo o trabalho que a polícia deveria fazer. Tá, eu ainda continuo gostando do episódio, mas confesso que eu escrever estas linhas percebo o quanto as coisas ficam confusas: imagino que os detetives da procuradoria aparassem arestas, não investigassem o crime todo de novo. Além disso, o quanto em tempo isso significaria na vida real? Um episódio de PD, por exemplo, eu sei que significa 3 ou 3 dias, às vezes até uma semana. E aqui? Porque eles precisam investigar tudo de novo e então entrar com a acusação e então esperar pelo julgamento e então temos o julgamento… Tudo isso é demais para pensar agora, vou voltar a falar só do episódio.

E da parte que eu gostei de Stone: ir longe sem saber a resposta da testemunha foi corajoso e eu realmente fiquei feliz que tenha dado certo – até aquele momento no roteiro eu não sabia o que esperar do julgamento do verdadeiro assassino -, assim como fiquei feliz dele depois ter assumido seu movimento arriscado para sua assistente.

Finalmente, ele teve aquele momento de luz para entender a forma que o advogado de defesa iria usar a escolha cuidadosa do júri que eles tinham feito para tentar fazer com que o rapaz escapasse e, de novo, eu estava vendo ele escapando. Stone então lembrou que eles realmente haviam escolhido as pessoas mais corretas possíveis, só era preciso lembra-los do que correto realmente significa.

E não significa vingança. E não significa matar por medo do que alguém poderia fazer – porque podemos morrer de medo de terroristas, mas com base no que foi apresentado nós jamais poderíamos afirmar que o menino morto era um deles.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Simone, também não suporto o procurador, ele não utiliza bons argumentos, apenas falas que soam políticas. Sei que Chicago Justice não será uma Law &Order, e ao que parece não será uma série que vai morar em meu coração; mas acho que se fizerem alguns ajustes, pode melhorar consideravelmente.

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