Cinema: John Wick – Um novo dia para matar

Tudo começou por causa do roubo de um carro. E da morte de um cachorro de estimação.

Para quem não sabe, John Wick é um homem solitário, que perdeu tudo na vida. Um dos assassinos de aluguel mais temidos da cidade de Nova York que trabalhava para a Máfia Russa.

Depois de aposentado tem que lidar com a morte de sua esposa, vítima de uma doença grave, que já previa a sua própria morte e, para que ele possa enfrentar seu período de luto, deixa como um último presente um cachorro para ele cuidar.

Como desgraça pouca é bobagem, poucos dias após o funeral, o cachorro é morto por ladrões que roubam seu carro. John Wick parte então em busca de vingança contra estes homens que ele já conhecia muito bem e que roubaram o último símbolo da mulher que ele amava.

Em resumo esta é a trama do primeiro filme, que chegou nos cinemas em 2014.

Agora o ex-assassino vivido por Keanu Reeves está de volta em John Wick – Um  novo dia para matar, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 16 de fevereiro, e novamente deixa sua aposentadoria de lado, desta vez para honrar uma promessa do passado.

E o filme nos dá exatamente o que promete: ação e um contador de mortes que não para de girar.

Ele também joga um pouco de luz sobre alguns detalhes do submundo criminoso e sobre a organização e as regras que gerem o andamento completamente inusitado das pessoas neste envolvidas.

Muito sobre a continuação parece e soa como o filme anterior, das trocas sombrias de John com Winston (Ian McShane), chefe da rede The Continental, às suas interações com o misterioso concierge do local, Lance Reddick, mas este filme tem um campo de jogo mais expansivo, partindo de uma sequência elaborada para a seguinte.

Nada acontece como o esperado, nada é correto, tudo vira uma bola de neve, situações que puxam outras situações. As mortes, que não são poucas, são feitas de forma que, se piscarmos os olhos, perderemos pelo menos uma dúzia delas. Para apreciar o filme é preciso deixar se levar pelo tom que acaba sendo construído, algo que lembra muito os filmes orientais, não é à toa que as cenas de lutas parecem ter sido tiradas dessas produções.

O enredo da trama não tem nenhuma novidade, inclusive, a estrutura lembra diversos outros como: 007, Missão Impossível e assim por diante, o seu diferencial é essa leve influência oriental que acaba dando a obra um verniz próprio.

As cenas de ação são o destaque. As lutas são coreografias em estado puro da brutalidade. São movimentos que nunca beiram a superficialidade, existindo até pausa para a bebida. Não há a catarse do protagonista: ele precisa se defender, ele precisa matar, simples assim e assim acontece.

John Wick é atropelado várias vezes, leva tiros, cai, leva muitos socos e pode cambalear, mas sempre está de pé. Ele tem acesso a alfaiates especializados em blindagem tática, sommeliers de armas que descrevem seus itens com o mesmo apreço que têm por vinhos e até mesmo uma biblioteca de mapas secretos que o põem a um passo a frente das mais robustas seguranças.

Em certos momentos, parece personagem de desenho animado, ou de um jogo eletrônico,  e exatamente por isso o filme é tão bom.

Ah! E também tem um cachorrinho engraçadinho…

 

Que venha o próximo!

John Wick Um Novo Dia Para Matar é protagonizado por Keanu Reeves e dirigido por Chad Stahelski, de John Wick e V de Vingança, o elenco reúne ainda os atores Ruby Rose, Ian McShane, Laurence Fishburne e John Leguizamo.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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