“Perda e posse, morte e vida são um. Não cai nenhuma sombra onde existe a luz do sol.” – Hilaire Belloc
Quando Mandy Patinkin deixou Criminal Minds meu lado fã ficou triste – eu adoro o ator, adorava o personagem. Quando ele deu sua explicação para ter saído, eu o compreendi completamente. Para quem não acompanhou, Patinkin disse ter deixado a série porque os enredos, os acontecimentos dos episódios, começaram a afetá-lo em sua vida pessoal. Ele citou pesadelos e paranoia como consequência disso. E todos nós já terminamos um ou outro episódio da série se sentindo um tanto mal.
Ao ver Sick Day eu entendi mais ainda o que ele disse e fiquei imaginando se ele não fez com que AJ, a atriz que interpreta JJ, não perdesse algumas noites de sono. Ainda mais considerando que ela tem dois filhos pequenos – o maior interpreta o filho dela na série, inclusive.
De longe já me é bastante assustadora a ideia de um homem que sequestra garotas e coloca fogos nelas, vivas, numa eterna vingança daquilo que ele acha que seus pais fizeram com ele. E nem chego perto de imaginar o que sentiria em ter de escolher quem salvar naquela situação impossível quando a equipe finalmente consegue rastrear o cara e chega às três vítimas presas com correntes e o fogo tomando conta do lugar.
O episódio ganhou muito ao ser contado por ela, incluindo de forma indireta tudo aquilo que ela sentiu enquanto eles tentavam salvar a garota que vimos sendo sequestrada. A coisa funcionou tão bem que eu nem liguei o pouco trabalho de traçar um perfil que a equipe teve, sendo que Garcia fez boa parte do trabalho simplesmente inserindo variáveis no computador.
E vale dizer que achei muito legal a preocupação de Luke com ela. O que os dois passaram dentro daquele barracão é impossível explicar para outros, cria um vínculo imediato.
Mother Theresa disse: “Amar começa com tomar conta dos mais próximos – aqueles que estão em casa”.