Chicago Med: Disorder (1×16)

“Os cães são o nosso elo com o Paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.” – Milan Kundera

Quem tem ou teve um cão em sua vida é testemunha de sua dedicação e eu achei muito bonita a explicação dada por Natalie para o tipo de conexão que o ser humano tem com esse animal (ainda que eu não tenha encontrado em lugar algum a referência para esta teoria): quando Deus expulsou Adão e Eva do paraíso, mantendo os demais animais lá, teria o cão decidido seguir com o casal, ao seu lado, se tornando a ligação entre os humanos e o paraíso deixado.

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Parabéns Natalie, conseguiu diminuir um pouquinho a antipatia que eu tinha por vocês, o que foi fundamental, já que suas olhadelas para o pobre cão estava me tirando do sério, mesmo justificadas pelo número de crianças que você possa ter atendido ao longo da carreira. Cães são naturalmente bons.

E a presença do cão no hospital foi apenas um dos pequenos detalhes colocados no roteiro para nos fazer entender a máxima do doutor Charles: um pouco de flexibilidade nas regras se faz necessária para não haver o caos completo.

Por flexibilidade você entenda: um exame pedido sem o consentimento do paciente, um cão na recepção, Choi no meio de uma bagunça sem tamanho, Connor fazendo uma cirurgia de risco desaconselhada por seu superior e Halstead (em seu caminho para a redenção) pegando uma cápsula radioativa do chão.

Falando de Choi: o mini crossover com Chicago Fire acabou colocando o médico em uma bela enrascada. Até eu que não sou claustrofóbica passei um tanto mal enquanto ele tentava chegar ao doente em meio aquele monte de coisas. Fiquei morrendo de medo que aquele corte dele acabasse em coisa mais séria, mas no final deu tudo certo e algo me diz que ele acabou levando o passarinho para sua casa…

Finalmente temos doutor Charles e seu palpite acertado sobre a doença verdadeira de um paciente diagnosticado com uma doença degenerativa precoce. Adorei todo o caso, principalmente a participação de Jayne Atkinson, mas devemos concordar que os roteiristas devem dosar mais a infalibilidade do médico, para que ela não soe falsa.

P.S. Pessoa que não gosta de cachorros, bom sujeito não é.

P.S. do P.S. Eu ri quando Natalie fala que Halstead já teria uma queimadura de segundo grau só por dirigir de casa ao hospital se fosse trabalhar em Miami. Agora, que esse negócio da médica pegando no pé dele é desnecessário, isso é: logo veremos Halstead fazendo algum salvamento sensacional para ele só para que ela acabe pedindo que ele fique no hospital.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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