Como uma amiga disse logo após assistir ao episódio: que climão entre Halstead e Connor não foi mesmo? Eu já estava achando que os dois iam acabar se beijando naquele elevador. Brincadeira, vocês sabem que eu não suporto o ruivo, não é verdade?
O bom é que foi o Connor a dar uma sacudida no insuportável, que de novo estava metendo os pés pelas mãos e ia complicar ainda mais a já bastante complicada situação dele no processo que sua paciente moveu contra ele. Sim, imagino o quanto ele está se sentindo frustrado por saber que ela está piorando e que ela está recebendo o placebo no novo estudo, a questão é que foi ele que a colocou nesta posição.
Ao contrário de outros pacientes que escolhem arriscar a vida em um estudo clínico, normalmente por saberem não existir outra alternativa, ela acabou no estudo porque ele lhe tirou a autoridade sobre sua vida e morte, algo que eu considero imperdoável.
Falando no Connor: projeto Connor novo prodígio da cardiologia morreu, é isso?
Mas não foi somente sobre os dois as tramas deste episódio de Chicago Med: vimos Maggie acabar na cadeira por colocar a saúde de um paciente a frente do desejo de uma policial e eu esperava que esta história não acabasse de forma simples como acabou. Sempre defendi que Law&Order era uma ótima série porque seus roteiristas não tinham medo de desafiar certo e errado, de nos fazer pensar – nunca no nível de Boston Legal, mas várias vezes – e que esse medo foi por muito tempo o calcanhar de Aquiles de SVU, espero que não seja também de Chicago Med, uma série carente de diferenciais.
Maggie saiu da cadeia e meu medo é que o assunto seja esquecido, nada pior do que uma boa questão ser apenas citada e esquecida.
E, principalmente, vimos um pouco da luta do doutor Charles contra sua própria depressão. Ainda que a abordagem tenha sido “um tanto torta”, essa é mais uma daquelas questões que vale a pena serem discutidas: um psiquiatra que luta, ele mesmo, com uma doença psiquiátrica.
A ponto de sozinho resolver reduzir sua medicação e com isso acabar não realizando seu trabalho direito. A luta dos doentes psiquiátricos por medicações que curem suas doenças, mas mantenham sua alma intocada é uma das maiores da medicina.
E um dos maiores desafios, se não o maior, de qualquer pessoa que luta essa batalha. Resta torcer pelo doutor Charles, personagem mais carismático da série.
P.S. Poxa, finalmente uma externa nas ruas da cidade!! Sinto falta de mais disso em Med, já que as demais séries da franquia usam a cidade como cenário não somente nas cenas de “trabalho”, mas pessoais também. Além disso, ser a cena em que Charles conversa com sua médica, e conosco, sobre seu problema, acabou dando um clima mais especial para isso.
P.S. do P.S. Dica do dia para a Nat-cheira-pum (hehehe, usando o apelido da Juliette pra moça): primeiro olhe o histórico da criança antes de chamar o serviço social para tirá-la dos cuidados da mãe, ok?