The Catch: Pilot (1×01)

A promessa “não verei série nova da Shonda” só vai até o momento em que a série nova tem o Peter Krause como protagonista e te dá a oportunidade de ver Mireille Enos sorrindo – e quem passou todas temporadas de The Killing vendo-a sofrer dá valor redobrado a esta oportunidade.

Então sentei no sofá, apertei o play no Now da Net e fui premiada com um misto de White Collar ou Thomas Crown e pronto, fui fisgada – até porque também dá para ver um pouco de Suits ali.

The Catch

Para quem não viu: The Catch se passa em Los Angeles e Mireille Enos interpreta Alice Vaughan, uma investigadora particular que tem uma empresa especializada em evitar golpes nos ricos e famoso ou pegar os culpados pelos golpes que escaparam da sua vigília. Já Peter é Benjamin Jones, um golpista.

Quem já assistiu a outras séries de Shonda Rhimes reconhecerá o ar “exageradamente rico” da série, já usado em Scandal. Todo mundo é muito elegante, todos tem carros muito muito caros, todos os cortes de cabelo são perfeito, mulheres correm de salto alto e acordam maquiadas. Todos são lindos.

No primeiro episódio mergulhamos neste mundo de glamour enquanto Alice entrega mais de um milhão e meio de dólares ao noivo, Benjamin, para a compra de um apartamento. O problema é que Benjamin só se aproximou dela, um ano antes, para ter acesso ao banco de dados de seus clientes e aplicar novos golpes. O noivado foi um desvio no roteiro planejado, assim como o fato de que ele acabou realmente apaixonado por Alice.

Hora do golpe, detalhes fora do roteiro devem ser descartados e então temos Alice e seu vestido de noiva abandonados.

A série será, então, uma história de gato e rato – muito Thomas Crown: Benjamin e seus golpes, Alice querendo pegá-lo com dupla motivação (dos negócios e pessoal).

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Para quem viu o piloto: contam a favor da série a escolha do elenco, ainda que eu não consiga engolir Sonya Walger como a chefe de Benjamin, também apaixonada pelo moço, e a parte do “crime e estratégia para evitar e então perseguição” que teremos a cada episódio.

Pesam contra: o tom extremamente falso de tudo, o artificial, a tentativa de tornar Alice a heroína nacional, a mulher mais desejada, a mais inteligente -que vimos em Scandal, também, e que me fez abandonar a série.

E o Peter Krause. Gente, amo o Peter Krause, mas ou eles diminuem a maquiagem dele e deixam o cabelo dele menos engomado ou eu corto meus pulsos.

O piloto funciona muito bem, principalmente quando Alice relembra seu relacionamento com Benjamin e vemos cada uma de suas atitudes e do noivo pela ótica de uma investigadora. Ainda que previsível, o fato deles terem dado um golpe em Benjamin facilitando, sem que ele percebesse, o acesso ao pendrive funcionou muito bem, principalmente por deixar o gancho para a continuidade da história: Alice agora pegou todo o dinheiro do “bando” de vigaristas e eles terão que ou recuperá-lo ou fazer golpes para compensá-lo.

Temos então a jogada do quadro na casa de Alice, Benjamin fazendo seu primeiro movimento no novo jogo. Como alguém não ficaria curioso em saber o que vem em seguida?

E vale dizer: se eu enxergo muito de Scandal aqui, por enquanto isso não depõe contra, afinal eu gostei muito da série por duas temporadas, mesmo odiando a protagonista.

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Gostei do primeiro episódio.
    Ver a Mireille Enos toda elegante, sem as roupas largas de Big Love e o trio calça, jaqueta e coturno de The Killing, não tem preço. Aí vemos o que é ser uma boa atriz. A mulher faz a religiosa, a policial e a investigadora elegante perfeitamente. Diferente da Kendra e a Elizabeth Keen (nem me esforcei para guardar o nome das atrizes) tão fraquinhas de interpretação.

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