Eu não sei ao certo como ou quando começou, mas há alguns anos comecei a ver pelas redes sociais a cidade sendo tomada por cores: uma árvore coberta por uma manta de lã aqui, um penduricalho feito de crochê na árvore ali.
Em Porto Alegre a Lu Gastal coloriu o inverno já em 2012, mas ela mesma conta que a inspiração veio de uma viagem a Buenos Aires anos antes. Também no Sul Leticia Matos começou decorando árvores com pompons, mas hoje suas intervenções na cidade incluem o uso de crochê e barbantes.
Aqui em São Paulo é Karen Bazzeo que anda embelezando e encantando com seu trabalho em crochê. Mas a arte da moça vai além e também quer nos fazer refletir sobre como vivemos nossa vida e nos conectamos com nossos sentimentos.
Do outro lado do oceano, em Varsóvia, é NeSpoon quem usa padrões de renda, seja no crochê, tinta ou cerâmica, para deixar sua marca na cidade.
Eu, do meu lado, só tenho a agradecer a estas pessoas que dividem seu talento conosco de forma tão despreocupada. Arte, definitivamente, não precisa morar só no museu.