Criminal Minds: Outlaw (11×04)

“Todos os pecados tendem a ser viciantes e o ponto final do vício é a danação” – W.H. Auden

Se no episódio passado foi impossível não nos conectarmos de alguma forma com o sofrimento da assassina, neste aqui não houve espaço para sequer desviarmos o olhar do que acontecia, na verdade um lado nosso mais justiceiro pode até ter desejado que o final da dupla de assassinos fosse a pior possível.

Isso porque não podemos admitir alguma humanidade para duas pessoas capazes de tamanho sadismo como o que vimos aqui: uma dupla de viciados em metafetamina, ex-presidiários, que matavam seus vítimas da forma mais violenta que encontravam, se pudessem torturá-los, física ou mentalmente, melhor ainda.

Nem mesmo ao nos mostrar o conflito que Duke parece ter ao descobrir ser pai de um garoto, conflito que o faz poupar um garoto e seu pai em um dos assaltos, mas que também o faz sequestrar a mãe do menino e ele sem pensar nas consequências disso.

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Só que tudo que ele havia feito antes nos impediu de empatizar com esse conflito, o que diminuiu um pouco o choque final quando ele e o parceiro escolhem morrer enfrentando o FBI ao invés de voltar para a cadeia.

Do outro lado, o roteiro faz com que fiquemos solidários ao drama vivido pelo xerife Montoya, que vendo o terror tomar conta de sua pequena cidade de novo e tendo falhado no passado em pegar os bandidos, começa a se entregar a bebida.

Não à toa é Rossi que a pessoa na equipe a identificar isso e a se aproximar dele na tentativa de tirar um pouco da culpa que ele carrega.

Um episódio pesado, mas que também soube colocar um pouco de humanidade na trama. O melhor da temporada até aqui.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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