“Todos os pecados tendem a ser viciantes e o ponto final do vício é a danação” – W.H. Auden
Se no episódio passado foi impossível não nos conectarmos de alguma forma com o sofrimento da assassina, neste aqui não houve espaço para sequer desviarmos o olhar do que acontecia, na verdade um lado nosso mais justiceiro pode até ter desejado que o final da dupla de assassinos fosse a pior possível.
Isso porque não podemos admitir alguma humanidade para duas pessoas capazes de tamanho sadismo como o que vimos aqui: uma dupla de viciados em metafetamina, ex-presidiários, que matavam seus vítimas da forma mais violenta que encontravam, se pudessem torturá-los, física ou mentalmente, melhor ainda.
Nem mesmo ao nos mostrar o conflito que Duke parece ter ao descobrir ser pai de um garoto, conflito que o faz poupar um garoto e seu pai em um dos assaltos, mas que também o faz sequestrar a mãe do menino e ele sem pensar nas consequências disso.
Só que tudo que ele havia feito antes nos impediu de empatizar com esse conflito, o que diminuiu um pouco o choque final quando ele e o parceiro escolhem morrer enfrentando o FBI ao invés de voltar para a cadeia.
Do outro lado, o roteiro faz com que fiquemos solidários ao drama vivido pelo xerife Montoya, que vendo o terror tomar conta de sua pequena cidade de novo e tendo falhado no passado em pegar os bandidos, começa a se entregar a bebida.
Não à toa é Rossi que a pessoa na equipe a identificar isso e a se aproximar dele na tentativa de tirar um pouco da culpa que ele carrega.
Um episódio pesado, mas que também soube colocar um pouco de humanidade na trama. O melhor da temporada até aqui.