“Prazer no emprego é a perfeição no trabalho.” – Aristóteles
Sim, nossa série queridinha está de volta com a feliz novidade de agora ter reprise garantida no horário que você quiser no Now da Net. Mas nem por isso foi um retorno com cara de Criminal Minds.
Muito provavelmente porque a própria equipe se sente assim “meio sem saber quem é”: Kate deixou o time para se dedicar a filha e JJ curte uma merecida folga após o nascimento do pequeno. Garcia tenta ajudar no que pode, ainda que desconfortável no papel de profiler.
Se isso causou o estranhamento, também serve de motivo para um elogio: uma equipe que funciona tão bem há tanto tempo deve mesmo ter problemas para reencontrar o ritmo quando tantas mudanças acontecem e isso o roteiro foi feliz em mostrar.
The Job dividiu esforços entre a investigação de mortes sequenciais com jeito de trabalho de profissional e não de um psicopata, o que deu nome ao episódio, e a escolha de um substituta para Kate.
A falta de ritmo foi marcada pelas várias vezes em que alguém da equipe falava que não estava fazendo exatamente o que sabia e pelo quase desespero na voz de Hotch enquanto ele dizia para JJ que ela não precisava voltar ainda. Parte disso tentando ser compensada pela ajuda que os candidatos a vaga deram ao caso, uma ótima forma de avaliá-los, devo concordar.
E entre os candidatos quem se destacou foi Tara Lewis (na pele de Aisha Tyler, coincidentemente a parceira de Jennifer nos primeiros anos de Ghost Whisperer): com anos de trabalho no FBI no currículo ela soube realmente ajudar o grupo, manteve a calma quando precisou fazer o papel da esposa do policial usado pelo assassino e ainda afirmou que funciona melhor de madrugada. Se ainda não sabemos se ela vai funcionar mesmo com o time, pelo menos podemos ter esperanças de que isso aconteça.
Agora, se faltou ritmo ao time, não faltou momento aflitivo para os telespectadores, dessa vez na cena final, quando para criar caso o assassino abre coma s próprias mãos a ferida em sua boca para culpar Morgan pelo feito. Também um sinal de que talvez essa história não tenha acabado por aqui.
“Coragem é a graça sobre pressão.” – Ernest Hemingway